Pesadelo narrando Cheguei no posto com o sangue fervendo. A cabeça a mil, o coração pesado, e a única coisa que martelava dentro de mim era: meu irmão tem que tá bem. Fui direto pro balcão, quase arrebentando o balcão. A enfermeira levantou a cabeça assustada, mas antes que ela dissesse qualquer coisa, eu disparei: — Quero saber do Talibã. Ele entrou aí baleado. Onde ele tá? Como ele tá? Ela respirou fundo, meio nervosa, e respondeu com calma: — Vou ver com a doutora o que já pode ser passado, tá? Só um minutinho. Assenti com a cabeça, impaciente. Meus olhos varreram a recepção enquanto eu tentava controlar a ansiedade. Vi alguns dos meus vapores sentados, alguns com o braço enfaixado, outros com ferimentos mais feios. Aquele ataque tinha deixado estrago. Virei de novo pro balcão e

