EPISÓDIO 4

1117 Words
Vanessa e Luiza : - Nem acredito que esse dia terminou! - Eu estou exausta, você acredita que o rolha de poço me colocou para lavar o banheiro do Estúdio 4. Ele me pediu para " quebrar o galho". - Eu já te disse Vanessa, eu acho que você deveria procurar alguém superior e contar o que está acontecendo. Isso que ele está fazendo é crime! - Eu não vou piorar as coisas, eu corro o risco de não ser ouvida e ainda perder o estágio. Agora vamos embora. Estou doida pra chegar em casa. - Então, vamos pra onde? Eu pergunto na saída da rádio. - Então, essa é a parte r**m ! Meu celular descarregou. Mais a gente tem o seu. - O meu também está descarregado, esqueceu que ele está com a bateria viciada. Eu falo já num tom desanimado. - Caraca é verdade, esqueci que seu celular tá pior do que cracudo com R$ 10.00. - Palhaça! O que a gente vai fazer agora? -Calma, eu sou praticamente uma taxista. Sei onde fica tudo, tenho maior senso de direção. - Você? Eu falo cruzando os braços. - Eu mesma! Confia em mim, e siga os bons! - E se a gente ficar perdida Vanessa? - Aí só tem um jeito! - Qual? Eu pergunto já em desespero. - A gente se achar! - Você nunca fala sério, né? - Eu estou falando sério.Relaxa Luiza, para de ser chata. Claro que eu sei pra onde a gente tá indo. - Eu vi um placa ali atrás escrito, metrô, deve ser perto então. Viu como eu sei para onde estamos indo. - Eu não vi placa nenhuma! Eu falo revirando os olhos. - Por que você deve ser cega então. Depois de andar 30 minutos, finalmente chegamos a tal estação do metrô. Mais é claro que não acabava por aí, a gente não imaginava como fazia pra chegar em Acari, por que a gente nunca tinha saído de lá pra lugar nenhum. - Vamos perguntar para aquele Guarda, ele deve conseguir ajudar a gente. - Eu não vou pagar esse mico, de jeito nenhum. O cara vai rir da cara da Gente, vamos seguir o fluxo. A Vanessa fala, quase que correndo junto com as pessoas em seus passos apressados. - Ah tá, e você acha que todo mundo está indo pra Acari? - Se não tiver, está indo pra perto, por que pra Copacabana que não é , já viu rico ficar esperando o trem parecendo que é Black Friday da loja americana? É só você reparar bem! Tá todo mundo esperando só a porta abrir, muitas das vezes pra não levar nada, mais só pra dizer que foi lá. - Igual você né? Eu falo rindo da bobeira dela. Mas sei que no fundo ela está fazendo isso para me acalmar. - Calúnia eu fui e comprei absorvente e shampoo. Invejosa! Se você perdeu a hora e não conseguiu chegar lá, é problema seu. - Quem enfrenta um tumulto daqueles para brigar por absorvente e shampoo? Só você mesmo Vanessa. - Necessidades básicas querida , satisfação do pobre é dizer que está lavando a cabeça com tresemmé. - Cara você não existe! Eu falo gargalhando. - Segue o fluxo, pobre é assim. Sente o outro pelo cheiro. Ela fala, continuando andando no meio da multidão. - Eu só quero ver se a gente estiver pegando o trem errado. - Filha sem chance, esse cheiro de rexona vencido que o cara deu uma misturada com Kaiak eu conheço de longe, é pior do que o carinha do perfume da rua que te para dizendo que te conhece e ainda te empurra água com anilina e essência, e te arranca R$ 50.00. - Eu já te disse um milhão de vezes que você devia fazer uns vídeos de comédia, você leva muito jeito pra isso. - Jeito eu tenho que dar para aprender a entrar nesse vagão sem ser pisoteada ou amassada! A gente devia receber um seguro quando compra a passagem, tipo seguro perda! - Perda da bolsa? Acha que eles iam te dar um seguro de perda? Eles iam tomar prejuízo! - Não, perda de peito mesmo, a mulher quase rancou meu peito e levou pra ela quando foi entrar agora. Finalmente entramos no trem e ele sai, pra onde a gente não sabe, mais com certeza é para algum lugar. 30 minutos depois, descobrimos que a doida da Vanessa estava certa. E finalmente chegamos em casa. - Oi. Eu falo assim que entro, e dou de cara com o Lucas parado na escada. - Oi nada, onde você estava? Ele já vem na minha direção e eu tento recuar. - No trabalho, eu te disse que ia começar a trabalhar hoje. Cadê o papai? Eu pergunto tentando ter alguma coisa para me proteger. - Ainda não chegou! Ele fala chegando ainda mais perto. - Então eu vou para o meu quarto. Tento me desvencilhar dele. - Eu estou com fome! Ele entra na minha frente. - E eu com isso? Faz você alguma coisa para comer. Eu não sou sua empregada. - Olha aqui seu projeto de pu*ta. Ele vem na minha direção com toda fúria. Eu me assusto e arredo pra trás e acabo caindo. Ele pisa no meu braço com força. - Lucas você está me machucando! - É pra machucar mesmo! - Você acha que só por que arrumou um empreguinho de mer*da, virou alguma coisa? Você continua sendo uma put*inha inútil. - Se você não sair de cima do meu braço eu vou contar tudo pro papai . - E dai? Acha mesmo que aquele velho bebado vai te proteger? Ele m*l consegue ficar em pé! - Me larga Lucas! Eu vou começar a gritar e os vizinhos do jeito que são fofoqueiros, vão chamar a policia. Ele me olha e solta meu braço, que está com uma marca enorme do pisão. - Olha o que você fez, seu i****a. Ele me pega pelos cabelos e bate minha cabeça contra a parede. Eu caio tonta. - Isso é pra você não esquecer que tem que me obedecer. Se não eu vendo você para aqueles puteiros de beira de estrada, aqueles bem sujos. Ai você vai ser realmente uma puti*nha, por que vai ter que se deitar com aqueles caminhoneiros imundos. As lágrimas começam a rolar. - Isso chora, por que é só o que te resta. E ele me dá dois chutes na barriga e sai rindo. - Vagab*unda! Eu fico ali no chão sozinha, por que até a minha dignidade me abandonou nesse momento. - Mãe, mãezinha, por que você me deixou aqui? Isso foi tão injusto.
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