ATO 22

798 Words
Estávamos no hospital e jungkook não  soltava a minha mão espera de notícias eu ja havia passado por isso sei exatamente o que Celly vai dizer eu não  sei que não foi por estresse foi porque o meu corpo não quer que eu tenha filhos, na verdade, desde o último aborto eu sabia que ia ser impossível e eu penso que tenho que aprender a viver sendo estéril. — oi jimin, acredito que posso te chamar assim, eu queria entrar aqui trazendo notícias boas, mas infelizmente seu bebê não  resistiu, parece que seu corpo não estava exatamente preparado desde seu último aborto e infelizmente aconteceu a mesma coisa, podemos indicar você alguns tratamentos pra isso, ou se quiser muito ter filhos… — eu não deixei ela falar.  — não eu não quero, foi um acidente, não foi planejado, e não precisa dizer essas coisas, sei sobre massagens boas pra fertilidade, barriga de aluguel ou até mesmo adoção, já ouvi isso a três  anos atrás e ja ouvi também que ja posso sair desse lugar. — disse me levantando e trocando de roupa. — me desculpa jungkook por não conseguir realizar o seu sonho —  disse saindo do hospital sem nem ao menos terem assinado minha alta, vou andando pelas ruas de Londres que quase nem conheço, começa uma chuva fraca que me fez parar e sentar em uma banco, a dor de perder um filho é inexplicável e sentir isso pela segunda vez se torna ainda mais dolorosa, eu estava com quase 3 meses quando tive que dar adeus ao meu filho e de novo terei que dar adeus ao meu outro filho, eram dois meninos que tinha tudo pra ser grande e nem chegaram a nascer, eu não conseguia parar de chorar, só de imaginar a cara de choque do jungkook ao ouvir aquela notícia, ele não estava preparado eu quis tanto ser pai que nem cheguei a avisar-lo que aquilo poderia não acontecer e depois de tudo que ele fez por mim eu não pude ser capaz de fazer ele feliz nem por alguns meses. Um carro preto para em minha frente e abre a porta, era ele seu rosto também estava molhado indicando que havia chorado, mas ele estava ali na minha frente se molhando por minha causa com os braços abertos pedindo um abraço, e eu nem mesmo neguei me levantei e o abracei tão forte quanto podia deixando pra chorar ali com ele e sussurrando mil desculpas.  — vem, vamos pra casa — disse ele, mas eu parei.  — sei o caminho preciso ficar sozinho agora. — disse e ele assentiu dando um beijo na minha testa e entrando do carro indo pra casa, fui andando em passos de formiga até la deixando os pingos de chuva me molharem, e quando abri a porta daquele apartamento vi jungkook em pé enquanto sua irmã estava ali sentada, eu não tinha forças pra discutir com ela naquele momento, entrei para o meu quarto e deitei na cama mesmo molhado deixando pra chorar mais ali.   […] Ouvi duas batidas na porta antes de alguém entrar e sentar na ponta da cama, eu nem me dei o trabalho de olhar sabia que era jungkook.  — eu não quero falar agora jungkook — disse em meio a soluços.  — sei que pareço com ele, mas da pra diferenciar. — disse ela  o que me fez olhar. — olha antes que diga algo eu não vim aqui pra brigar, na verdade, sei exatamente o que você ta sentindo. — disse ela deitando do meu lado. — jungkook não sabe disso e espero que ele continue não sabendo, mas um pouco antes de eu praticamente ser expulsa de casa eu havia descoberto que estava grávida, estávamos felizes e eu estava muito ansiosa pra contar pra todo mundo, mas foi numa noite que eu senti as dores, fomos para o hospital, mas era tarde demais, eu me culpo todo dia por isso, logo depois o meu relacionamento mudou e quando reagi ao ver meu namorado com outra ele fez questão de me expulsar de casa, não  foi fácil  e eu precisei de ajuda, mas essa pessoa que você costuma ver é apenas o muro que eu contruí pra não me machucar, eu sou mãe eu me sinto mãe do mesmo jeito que você se sente pai, e você pode contar comigo pra tudo. Jungkook também não está nada bem, ele sempre deixou claro o quanto amava crianças e a sua felicidade em saber que teria um bebê era enorme, ele tá bem m*l, os dois estão e nesse momento é bom passarem por isso juntos, a hora de vocês vai chegar.  — disse ela e eu me identifiquei, a abracei tendo o meu abraço retribuído, ficamos deitadas ali sem falar nada um dando forças pro outro, até pegarmos no sono.
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