Não consigo parar de pensar no Ben, por mais magoada que eu esteja, eu ainda o amor muito e não acredito que ele fez tudo pra me magoar ainda mais, não tenho meu pai comigo para me ajudar com algum conselho e me sinto sozinha demais nessa casa, só comi um pouco já que nem fome eu sinto. Queria tanto que tudo isso não passasse de um pesadelo e queria acordar e ver ele deitado agarrado em mim. Me sentir amada e mimada por ele, saber que o seu amor por mim é igual ao que sinto por ele. Sempre fui eu que tomei a iniciativa de tudo, programar viagens, ligar e reservar hotel, tudo sempre foi eu quem fazia. Nunca reclamava sobre meus problemas, quantas vezes estava triste mais com um sorriso no rosto, nunca demonstrei fraqueza ou medo pra ele.
Fui em um pequeno supermercado que tem aqui perto e compro algumas coisas já que preciso pensar no meu bebê, sei que tenho que contar para Ben mais o meu medo é ele querer tomar essa criança assim que nascer, já que não sei nem como vou sustentar ele, passei em frente a uma loja na qual eu vi uma roupinha linda de bebê branquinha com um ursinho na frente, não aguentei e entrei lá para ver de perto, já imaginando uma linda criança e m meus braços.
Atendente - quer ajuda ? - pergunta se aproximando de mim.
Lucy - só olhando e já imaginando o meu bebê nos meus braços ! - confesso.
Atendente - quantos meses ?
Lucy - na verdade, acho que um mês, sabe onde tem algum médico ou lugar que eu possa cuidar da minha gravidez ? me mudei ontem a não sei quase nada da cidade !
Atendente - olha, aqui por ser afastado é tudo pago !
Lucy - Deus o que vou fazer - olhei pra ela - obrigada !
Sai de lá sem chão já que como vou fazer para ver o meu bebê bem sem uma consulta ? porque nem tenho como pagar uma, as lágrimas já rolavam pelo meu rosto e a única solução era ligar para Ben, não posso ser orgulhosa, meu bebê merece muito mais do que passar fome, também já que nem como voltar eu tenho, porque precisei pagar conta de luz e água, ainda comprei comida, aqui é caro de mais pra mim. Fui andando e acho um telefone publico e resolvo ligar mesmo com medo dele tirar o meu bebê eu preciso fazer o certo e ligar pra ele, disco o seu número tremendo, chama até cair, ligo mais uma vez já chorando muito e nada dele entender, respiro fundo e tento mais uma vez.
Ben - Carter falando - só de ouvir sua voz meu coração acelera.
Lucy - Ben - digo com a voz embargada pelo choro.
Ben - Lucy pelo amor de Deus - sua voz soa preocupada - onde você está ? - eu choro mais ainda - fala comigo Lucy, me diz onde você está - pergunta - precisamos conversar Lucy ! por favor, vamos conversar, eu preciso muito ver você e . . .
Lucy - promete não tirar ele de mim ? - pergunto chorando - não tira ele de mim Ben, como tirou tudo ? me promete por favor ?
Ben - vem pra casa e aqui conversamos Lucy ! eu prometo que não vou tirar nada de você, volta pra casa por favor !
Lucy - eu não tenho como ir, eu estou longe e...
Ben - me diz onde você está que eu vou ai agora ! não me importo de ir onde quer que esteja, eu só quero você em segurança Lucy !
Lucy - tudo bem - passo o endereço.
Ben - eu estou indo agora ! me espera por favor, não some de novo !
Desligo e vou pra casa chorando e preparo um lanche pra mim, mas nem como já que não me sinto bem na verdade, tomo um banho e sinto uma pequena dor na região da barriga e isso me deixa apavorada demais, eu não posso perder o meu bebê também. A dor aumenta e eu estou apavorada, não quero perder a única família que me sobrou. Começo um choro baixo, o tempo vai passando e eu choro muito, não consigo me mexer, a dor é muito forte, escuto um barulho e começo a desejar que seja Ben me chamando. Eu preciso muito de um médico agora, não estou mais aguentando de tanta dor, não fiz nada que justifique estar assim, não quero perder o meu bebê.
Ben - LUCY
Lucy - me ajuda - falo tentando não cair devido a dor, vejo ele abrir a porta e entra, quando chega perto de mim, tudo fica escuro e não sei de mais nada que está acontecendo ao meu redor.