Capítulo 28— O Preço do Silêncio

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Simon Duarte O encontro foi marcado às pressas. Não houve explicações. Meus pais ficaram atordoados. Minha me avisa: “Vamos sair. Agora.” No carro, ela estava pálida. Os olhos fundos e a boca seca. Meu pai, normalmente calmo, dirigia com o maxilar travado e os punhos tão cerrados que os nós dos dedos estavam brancos. Ninguém falava nada. Mas eu sentia que havia algo errado. Muito errado. Chegamos à casa dos Benson. Fomos levados direto pro escritório do Sr. Benson. Um cômodo frio e impessoal. A mesa de madeira escura parecia uma trincheira. De um lado, eu e meus pais e do outro, os Benson — rígidos, silenciosos, calculistas. O Sr. Benson não esperou nem dois segundos. Cruzou os dedos sobre a mesa e falou com a voz cortante: — Vamos ser diretos, Sr. Duarte. O que está acontecendo entre

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