O mundo lá fora era um labirinto de concreto, sombras e informações compradas com medo ou dinheiro. Eu, Murilo, conhecia cada beco, cada rosto falsamente leal, cada olhar que escondia uma faca nas costas. Mas hoje, eu não estava caçando um traficante rival ou um lote de produto roubado. Eu estava caçando um fantasma que ameaçava o meu coração.
A investigação era um rastro de pão podre. Renata tinha virado uma fumaça. O número que ela usou era um descartável, comprado com dinheiro vivo em uma loja de esquina sem câmeras. Limpo. Profissional.
Isso só confirmou minha suspeita: ela era uma marionete. Alguém estava puxando os fios, alguém com recursos e conhecimento para esfregar meu nariz na minha própria impotência.
Edu e eu estávamos no barracão, a mesma mesa onde eu comandava um império
