Mel Vilarejo narrando. Saímos da casa da minha mãe e entramos no carro, os moradores ficaram todos nos olhando, Coringa não deu nenhuma palavra, muito menos eu. Estou sentindo dor por dentro, dor na alma, eu não fui abandonada pelo meu pai, eu tenho um pai, agora resta saber quem é meu pai, tudo está explicado por ter viajado de uma hora para outra para São Paulo quando eu tinha meus 13 anos, e eu não lembro da cara desse Barão. Será que ele também nunca quis me procurar? Será que ele acreditava mesmo que eu era filha de um cara do asfalto? A qual minha mãe disse que trabalhava em uma empresa? Como eu nunca desconfiei de nada? Será que ela pensava que eu não sentia falta de um carinho paterno? Todos os meus aniversários eu chorava por falta de ter um pai comemorando comigo, eu chorava

