Capítulo 7

1317 Words
?ayane (...) — estou aqui. — ele diz sério. — Gui. Eu não te chamei aqui na minha sala pra falar de obra. Você sabe o que eu senti ontem? Sabe me dizer o que aconteceu em nosso meio enquanto estávamos juntos? — espera... você me tirou do trabalho só por isso? — ele me encara. — por favor eu posso perder meu emprego. — como "só por isso"? Você... você sentiu também, não sentiu? — o pergunto intrigada. — e o seu emprego não depende só do Seu Joaquim. — suspiro. — é.. eu eu senti sim... e senti peso na consciência. A senhora é minha patroa, eu diria. A responsável por tudo aqui. Sei que nem de longe fica com homens como eu.. eu não entendo o que quer de mim. E lamento muito se eu deixei entender outra coisa. — ele se afasta. — como assim? Mas quanta bobagem! Como pode afirmar por mim? Você está dizendo que não sentiu nada, quando eu sei que sentiu? A forma como me olhou e me desejou... até foi embora correndo e.. — ele me interrompe. — é... e parecia um fugitivo. Foi isso sim. Eu... eu curti sim, o que aconteceu ontem, não vou negar quanto a isso... mas... o resto você já sabe, sinto muito. — ele caminha de volta a obra. — espera garoto, como assim você está me dando um fora? Na minha casa? — ironizo. — eu só estou agindo certo. Me desculpe mais uma vez. — suspiro sentando em minha cadeira. ••••• Quando voltei para o escritório, Marli minha secretária veio me encher com os problemas. — tá,tá,tá, já sei, eu preciso rever esses contratos e bla, bla, bla. — Desculpe, acho que não é uma boa hora.. — ela faz careta. — concordo. — suspiro. — olha, seu amigo Juliano está aqui, ajudando a Joana em um projeto. Achei que gostaria de vê-lo. — Você está achando demais! — digo. — mas até que seria bom vê-lo. Eu tô uma pilha. Você tem razão, mande chamá-lo aqui depois. — sim, com licença. Juliano entrou e fechou a porta minutos depois. — ah que bom que você chegou. Eu preciso falar! — solto um suspiro — falar o que? Eu hein?! — ele se senta. — eu tô tão irritada. Acredita que ontem eu e o pedreiro lá... o Gui... Demos um belo amasso na minha casa. Ele ficou me esperando sair do escritório e eu nem sabia. — ah... daquela "conversinha" que você disse né — ele ri. — É.. Eu havia proposto dele ficar e... vocês sabem ja. E foi evoluindo a conversa. O clima esquentou e rolou um pega gostoso... e depois ele fugiu. Hoje me deu um fora, arranjando mil desculpas! — Mais mulher... tu é a dona da porr* toda, ele tá com medo de se envolver. Você é divina e ele só um qualquer, imagine o medo que o pobre tá de se apaixonar. — ele ri. — apaixonar? Quem aqui falou em paixão? Eu só preciso dele na minha cama.. só isso. — você não parece estar só querendo isso... está falando e pensando demais nele. Olha lá... — ele me encara. — menos tá? Eu tenho o controle de tudo... — me ajeito na cadeira. — só não tem o controle dele, que escolheu não avançar nada contigo. — Argh... eu cansei. Se ele não quer tudo bem, mas o que eu faço com esse fogo? — me irrito. — vai gastar! Hoje é quarta, vamos procurar um local bem propício a ver homens gostosos e de baixa renda. — e que lugar? — pergunto. — tem um pagode onde eu fui uma vez, conheci uma galera de classe baixa, mas muito animada. Porque não vamos comigo? — que? A gente em um pagodinho qualquer? Não acho certo... — ah... você não tá querendo um novinho gostoso e pobre? Lá sempre tem. — ele ri. — eu não disse nada disso... eu só queria dormir com aquele bobão. E além do mais não vou encontrar ninguém como ele tão cedo por aí.. — ui... o alecrim dourado... mas e se ele estiver por lá? — ele? Não ele não frequenta lugares assim... ele me disse que estuda a noite toda. — estuda? Que exemplo. — ele ironiza — mas talvez isso não seja um regra. Vamos anima! — e se... eu conseguir convencê-lo de ir? — arregalo os olhos tendo uma ideia. — ih.. lá vem. — Juliano revira os olhos — e como você faria isso? Assim do nada? — eu acho que posso dar um jeito nisso. Não sei.. convencer o pessoal de que.. terá algo especial e que eu passo o convite a eles... — não entendi ainda. — eu posso dizer que como agradecimento a primeira semana de obra, que eles possam comer e beber a vontade em um bar como forma de incentiva-los a continuar se empenhando até o fim dos trabalhos. — mas... espera. Você sendo boazinha assim, e ainda por cima pagando tudo pra galera só pra ter um momento com o garotinho? — ele ri. — eu faria. E ele não é um garotinho. Você e eu sabemos que ele é o homem formado e muito do gostoso. Eu não costumo perder nunca, e não seria agora, com alguém simples como ele. — oh.. se o boy escuta isso ele foge de ti. Mas enfim.. você quem sabe. Só acho que eles não estranhar a sua bondade. Aquele dia que eu estava em sua casa vi que você grita muito com eles e não é pouco. — isso foi antes de conversar melhor com o meu baby. Sabe? — rio — eu só preciso de um momento a sós com ele, só. — então tá meu bem. Pensa direitinho nesse plano aí e depois me fala o que decidiu. — ok... Mais tarde eu cheguei correndo em casa. Precisava encontrar a equipe completa lá para anunciar a gratificação que eu prometi. Quando eles já estavam juntando tudo. Foi quando eu me aproximei da área externa. — Dona Dayane, terminamos por hoje, como pode ver a estamos finalizando a primeira semana de forma positiva, esperamos que na semana que vem, tudo esteja ainda melhor, e que os materiais necessários cheguem o mais rápido possível. — Joaquim diz. — certo... eu só quero pedir um minuto da atenção de vocês. Eu peço desculpas pois em alguns momentos eu perdi a cabeça sim e até me alterei com muitos aqui. Eu sou muito exigente e isso não é novidade pra ninguém. E visando que começamos a obra em pleno sábado, e vocês trabalharam até no feriado, eu resolvi dar uma gratificação a toda a equipe. — digo isso e Juliano fica inquieto me olhando. — mas... como assim? — Joaquim pergunta. — eu... sei que vocês amam pagode. Estão sempre ouvindo durante a obra, e eu não me importo quanto a isso, m*l fico aqui. Então eu vou patrocinar a vocês uma noite em um barzinho de pagode que vocês já devem conhecer. — Ah... a senhora tá brincando? — Artur diz e Joaquim o repreende? — Não sou senhora, mas não. Não estou brincando. — Uau! Mas... assim? Que atitude incrível, Srta — Joaquim pergunta preocupado. — eu fico feliz que estejam gostando. E eu não tenho a reclamar até agora. A obra tem saído melhor do que eu imaginei. — concluo olhando para Gui. — Valeu aí, preciso mesmo tomar uma gelada. — Artur fala. — que isso menino? Fica quieto. — Joaquim o repreende. — não tem problema... e então... todos de acordo? — pergunto e termino fixa em meu olhar em Guilherme. — todos dizem que sim e Gui permanece me olhando calado, espero que seja um bom sinal, pois isso tudo é só por um momento off com ele.
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