Capítulo 4

1409 Words
Dayane O rapaz foi embora. E lá estava eu suspirando... pensa em um homem cativante? Simples... muito simples... eu diria até ingênuo. Tentou ao máximo não demonstrar interesse ou i********e comigo... mesmo ele todo sujo, suado, eu senti uma vontade de beija-lo, ali mesmo, quem era eu pensando essas coisas? Dona Ana surgiu na cozinha e foi quando eu comentei sobre ele. (...) — sabe alguma coisa sobre esse rapaz que está trabalhando aqui? — o Gui? Ah, ele é um amor... não conversa muito, ele é bem produtivo, e focado eu diria... mas é um bom menino. Posso perguntar o porquê? — nada ele... ele é cativante... acho que pra você eu posso dizer isso.. — fico nervosa. — eu percebi... desculpa. Mas eu acho que você está atraída por ele... não é? — eu não sei... acho que sim... é tão bizarro... mas ele me deixa louca. — Ana fica vermelha. — desculpa Ana... as vezes eu esqueço que você não gosta dessas coisas. — rio — eu... acho que preciso sair... curtir um pouco. Tô tão presa em trabalho e obra que eu estou quase pirando. — é... tem razão. — eu devo sair mais tarde... não precisa me esperar. — ok... certo. E foi o que eu fiz. Fui me encontrar com Plínio. Eu precisava tanto me deitar com alguém naquela noite. Descarregar as energias... (...) — sentiu minha falta? Ou só lembrou agora que eu existo? — ele pergunta me abraçando a caminho do carro. — sem rodeios Plínio. Eu tava carente... só isso.. pode me levar pra sua casa? Preciso t*****r! — que isso meu bem... eu levo... mas cadê o romantismo? — eu nunca tive. — é... está bem claro. Vem que eu vou te mostrar como é bom estar comigo. Ele me levou para sua casa, local onde costumávamos ficar. Ele sempre abria um bom vinho, trazia tira-gosto e ali ficávamos fazendo sexo e dando risadas. E foi assim mais uma vez, só que eu não conseguia esquecer aquele rapaz tão belo, doce. Nem com a noite mais quente que eu poderia ter. Guilherme No dia seguinte... (...) — parece que o Gui está mais quieto que o normal? Que bicho te mordeu? — Artur me cutuca. — nenhum, eu só tô cansado. — sério? não parece bem. — eu não sei se deveria contar a vocês... vamos esperar o Joaquim se afastar. E eu conto. — ih, lá vem. — Nando diz. Assim que completo, Joaquim sai para buscar mais material junto com alguns dos nossos colegas, e eu acabo aproveitando pra contar. — e então? — Artur fala. — ontem, eu esqueci meu celular aqui. Tive que voltar pra pegar. — e daí? — Nando fala. — E daí que quem abriu a porta, e me tratou super bem foi a madame... acredita? — Hum... eu disse. Aí tem. Como não notou o jeito que ela fica toda animadinha quando chega na hora do almoço? — mas isso não quer dizer nada... só o que me deixou intrigado foi as perguntas que ela me fez, quis que eu ficasse lhe fazendo companhia... eu? Logo eu? — ela tá bem afim de dar pra você... eu já saquei. — Artur fala. — Não diga besteiras. Ela só está sendo gentil... não conheço mulheres atiradas a tal ponto... — Eu não diria atiradas. E sim interessadas. E ela nunca é gentil com ninguém. Em poucos dias ficou bem claro isso. — Nando diz. — Interessadas em que? O que eu posso oferecer a ela? Quem sou eu? — reclamo — eu tô dizendo... pode até ter se atraído ou sei lá... mas interesse não. — acorda meu caro. Elas gostam dos caras que colocam a mão na massa, do suor que desde e dá força bruta. — Artur comenta — vocês estão malucos. — completo e sou obrigado a encerrar o assunto com a volta de Joaquim. Na hora do almoço, ouvimos o carro da patroa, e logo que chegou, ela apareceu no quintal, e de cara me chamou. — Gui.. pode vim aqui um minuto? — ela fala e todos me olham, percebendo que até ontem ela nem olhava para os funcionários, que dirá saber o nome de alguém. — Claro. — me aproximo chacoalhando a poeira e ela me encara. — pode vir aqui dentro? Precisamos conversar.. — mas eu.. tô todo sujo. — não tem problema, é importante. — ela me encara e todos permanecem me olhando, seguindo para ao interior de sua mansão. — aconteceu alguma coisa? — pergunto. — Não.. eu só gostaria de pedir desculpas.. eu fui muito invasiva te perguntando aquelas coisas tão pessoais... eu lamento se te deixei constrangido. — constrangido? Não eu... — ela me interrompe. — me deixe terminar... eu sei que te deixei desconfortável. Imagina, você um rapaz tão sério... e eu falando tudo aquilo, te deixei com vergonha e você foi correndo daqui. Me desculpe. — não... não tem problema... eu só não estou acostumado a conversar com pessoas acima de mim... com tanto poder e sofisticação... isso me intimida as vezes, só isso. — digo. — uma bobagem isso, mas eu entendo... eu só queria que soubesse disso... e ontem você não me deixou concluir, mas eu te acho um belo rapaz... lindíssimo até.. — ela suspira. — obrigado... senhora...senhorita... — corrijo — é uma honra tanta gentileza comigo. — sorrio tímido. — imagine... é verdade. Eu também gostaria de me desculpar com outra coisa. — o que? — eu menti... disse que meu ex estaria para aparecer a qualquer momento. E eu disse isso só pra manter você por perto, já que seria o único jeito de te manter aqui, sozinho comigo. — ela morde o lábio discretamente. — Nossa... — rio — eu estou sem palavras... a senhorita é incrível e... querendo a minha companhia... eu não sabia que era só isso.. — mentira. Eu sabia sim, só estava intimidado com a forma atirada dela lidar. — eu... gostei muito de saber mais de você ontem... e quando quiser, ficar até mais tarde um pouco... pra conversarmos... — ela conclui ainda me olhando. — cla-claro... eu... agradeço... — sorrio. Aquilo era realmente um flerte. A dona Dayane estava caidinha, como dizia Artur. Pode parecer estranho dizer isso, mas está tão na cara. Mas porque isso me intimida? Se eu sou um homem livre e claramente ela não liga pra quem eu sou. — eu não quero mais atrapalha-lo... pode retomar seu trabalho. Eu não demoro a voltar para a empresa. — ela permanece me olhando fixamente. — certo.. eu, já vou. — sorrio. Quando voltei para o trabalho, já estava na hora de pausar para o almoço. Meus amigos já estavam se mordendo querendo saber o que havia acontecido, e foi quando eu contei o restante da conversa. (...) — quer dizer então que ela disse isso? Que você pode ficar até mais tarde? Ela quer é pic*! — Artur fala. — Eu concordo com o Artur, ela tá te querendo irmão. Vai pra cima... pega a patroa. — Poncho completa. — eu não sei se deveria estar comentando isso com vocês.. — e por qual motivo não comentaria? Não acha que a gente não iria perceber... tá todo mundo notando... só que ninguém fala nada.. — Artur pergunta. — céus... eu não sei o que tá acontecendo... o que fazer! — ah você sabe sim... cai pra dentro. — não é assim... ela... ela é dona da casa, da obra. E eu sou só um pedreiro de quinta, que trabalha de dia pra comer de noite. — e o que isso tem a ver? Ela não precisa de ninguém sustentando ela, é só uma transa cara. — Artur comenta. — chega desse assunto... Joaquim tá voltando. — digo cortando o assunto. Dayane Mais um dia agonizante. Eu estava tão mexida com a presença daquele rapaz que eu não conseguia não lembrar dele... saber que agora eu estou no trabalho... e ele na minha casa... onde eu mais fantasio ele comigo. Ontem a noite eu tive um sonho tão quente com ele... mesmo transando com Plínio eu não consegui apagar o fogo que eu sentia, que me incendiava por dentro e por fora. Eu fui até capaz de propor a ele que ficasse até mais tarde... e ele sabe bem onde quero chegar com isso... s se ele ficar é porque é recíproco tudo que sinto.
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