Olha para o chão. As pessoas não têm medo de quem olha para baixo, é como se você tivesse uma arma descarregada, a sua alma está no coldre, à espera de ser usada. A casa para onde o motorista barbudo a levou era imunda. Fedia a mofo, à comida estragada e a álcool. Parecia o lugar onde bêbados e viciados se encontravam para o lazer. Antecedendo o alpendre, o mato alto. Natasha se perguntou se havia cobras. Mas antes disso, podia ter levado um tiro na cabeça, então as cobras nem eram tão preocupantes assim. Se tinha um bicho que a amedrontava era o humano. Ele a conduziu segurando o seu cotovelo e a deixou no meio da sala, os móveis encobertos por lençóis empoeirados. Aquilo era um lixo só. ― Levanta a cabeça, quero ver os seus olhos. Esconda os seus pensamentos, rápido, rápido. Fitou-

