Capítulo 2. Moço, me traga outra garrafa.

1323 Words
Bella sai correndo do quarto, não pode ficar lá. Os traiçoeiros e malditos apenas lhe causavam repugnância e náuseas. Ela chegou ao lobby do hotel, as lágrimas em seus olhos começaram a cessar, Bella pensava que agora não tinha para onde ir, o apartamento em que morava era o mesmo que dividia com sua prima Sofia e ela não queria voltar para lá, saiu do hotel e caminhou pela rua, viu um bar no final da rua e entrou, estava escuro e ninguém poderia perceber o quão linda ela estava vestida, além disso, devido à hora, muitos já estavam embriagados. Ela se posicionou no fundo do bar, onde estava mais escuro, e pediu uma garrafa de álcool, não importa o que seja, disse ao garçom, qualquer coisa que ajude a esquecer um amor era bom. Bella bebeu sem parar, um copo, e depois outro e outro e mais outro, terminou toda a garrafa e não sentia nada, ainda lembrava do que havia visto naquela noite. — Moço, me traga outra garrafa – pede. — Preciso esquecer de tudo, só assim vou me sentir melhor – diz, e era verdade, depois de terminar a segunda garrafa conseguiu esquecer de tudo. Quando Bella saiu do bar já era quase meia-noite, ela estava sozinha e completamente bêbada, Bella caminhava pelo meio da pista sem se importar com nada, seu corpo balançava de um lado para o outro, as luzes de um carro se aproximavam em alta velocidade, mas ela não as via, Bella continuava caminhando em zigue-zague no meio da estrada, de repente o motorista do carro percebeu a mulher que caminhava de maneira instável na pista, pisou no freio para diminuir a velocidade, nunca imaginou que a essa hora da noite alguém estaria caminhando ali e menos ainda no meio da pista, o carro derrapou e o som dos pneus paralisou Bella, a luz brilhante, o som dos freios e toda a bebida que Bella tinha dentro dela a levaram à inconsciência. Quando o motorista conseguiu parar o veículo, estava a apenas poucos centímetros dela, o homem que estava descansando no banco de trás abriu os olhos devido à manobra abrupta de seu motorista. — O que aconteceu? – perguntou um pouco irritado, Paolo Milano. — Desculpe, senhor Milano, uma pessoa se atravessou em nosso caminho, mas tenho certeza de que não a atingi, deve ser um chantagista, deixe-me verificar – informa o motorista a ele, Paolo Milano era um empresário multimilionário muito importante, estava voltando da festa para a qual foi convidado, chegou um pouco tarde e quando o fez não conseguiu ver a senhorita Rossi, parecia uma falta de respeito ser convidado para uma festa de aniversário e a proprietária não estar presente, estava de mau humor, e cansado e não gostava que mudassem seus planos e essa parada era uma das muitas coisas que detestava, — Se apresse – é a única coisa que diz e fecha os olhos. O motorista desce apressado do carro e se aproxima de Bella, ao fazê-lo consegue perceber que é uma bela mulher que está jogada na pista, seu vestido é bonito e ela está inconsciente, mas ele também consegue sentir o forte cheiro de álcool, ao olhá-la melhor percebe que já a viu antes, não tem certeza de onde, devido à maquiagem que ela está usando, mas aquele rosto lhe parece familiar. — Senhorita, por favor, acorde, você pode me ouvir? – diz e tenta mexê-la um pouco com a mão, Bella não mexe um músculo sequer, mas a luz do carro ilumina melhor a garota e o motorista consegue vê-la muito melhor, ele a reconhece naquele momento, ela era a garota do aniversário, filha do falecido senhor Rossi, a mulher que o chefe dele não conseguiu ver naquela noite, mas como era possível que ela tivesse acabado naquele estado? Perguntava-se o motorista, ele voltou para o carro e informou ao seu chefe.: — Senhor Milano, é a senhorita Bella Rossi, filha do falecido senhor Rossi. A garota do aniversário, mas ela está inconsciente jogada na pista em frente ao carro, parece estar muito bêbada – informa o motorista, Paolo franze a testa, ele se lembrava da filha da família Rossi como uma garota doce e encantadora, por isso aceitou ir à sua festa de 21 anos, além disso, depois da morte dos pais, ele soube que ela estava namorando um filho da família Franco, como era possível que ela estivesse bêbada e sozinha em um dia como aquele? — O que está esperando para trazê-la para o carro? Ela não é a namorada do Mateo? Ele também não estava na festa esta noite – pergunta o senhor Milano, seu motorista se lembra por um segundo de Mateo e assente, mas era estranho que nenhum dos dois estivesse presente quando ele chegou ao hotel. — Sim, senhor, ela é a namorada do jovem Mateo, seu sobrinho em segundo grau – diz e volta até Bella, para pegá-la e levá-la para dentro do carro. O motorista carrega Bella e a coloca ao lado de Paolo, ele espera a ordem de seu chefe para saber para onde devem ir naquele momento, Bella se sente desconfortável na posição em que está e abre os olhos para reclamar, quando percebe que está em um carro desconhecido, Bella olha ao redor e vê a pessoa que espera as ordens para avançar, então se vira para ver quem está ao seu lado e consegue ver Paolo, ela tenta focar seu olhar para saber quem é aquele homem. — Quem é você? — ela pergunta e Paolo a ignora, o cheiro de álcool chega ao seu nariz e lhe causa desconforto, ele apenas olha para o motorista e dá a ordem de onde ir. — Vamos para o apartamento do Mateo — Bella ouve que vão levá-la para o apartamento de Mateo e não pode permitir isso, ela estava bêbada, mas lembrava do que aquele desgraçado havia feito com ela. — Não, não para a casa do Mateo. Já terminei com ele, por favor, não me leve para onde esse bastardo está — ela diz. — Terminou com ele — repetiu Paolo sem acreditar nela. — Sim, ele me traiu. Ele estava no hotel com minha prima, ele está me traindo com essa p**a, eles são uns babacas — diz Bella e as lágrimas começam a correr por suas bochechas, ela parecia tão bonita naquele momento, ela não percebia, mas Paolo estava hipnotizado por ela, no entanto, o homem preferia fazê-la pensar que a estava ignorando, ele não mudou a ordem e Bella continuou falando sobre a traição daquela noite. Bella percebeu que o carro seguia o mesmo caminho, aparentemente naquela noite a deixariam contra sua vontade no apartamento de Mateo, então Bella ficou chateada com a atitude do homem, ela se aproximou dele e o olhou fixamente, naquele momento ela conseguiu reconhecê-lo, ele era o tio distante de Mateo e um amigo da família, ela o tinha visto no funeral de seus pais, ele era Paolo Milano, ela o agarrou pelo pescoço com raiva, o puxou para ela e gritou bem perto do ouvido dele. — Você ouviu o que eu disse? — Paolo, que não estava com paciência para aguentá-la, afastou suas mãos de seu pescoço e ela caiu sobre ele, o rosto de Bella caiu próximo de sua virilha, quando Bella abria a boca para respirar, sentia claramente seu hálito em suas partes íntimas, Paolo, devido ao fino tecido de sua calça, agora ela estava muito confortável deitada no colo do homem, mas Paolo estava ficando louco. — Você poderia se levantar? Você não percebe que senhoritas decentes não se jogam assim? — ele diz chamando sua atenção, mas isso não importa para ela, ela só quer ouvir que não vão levá-la para onde Mateo está, além disso, esse homem era o tio distante dele, Paolo deveria ajudá-la e deveria dar uma lição naquele sobrinho detestável que ele tem.
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