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506 Words
A porta de seu apartamento estava encostada, sobre a mesa da sala uma bagunça se acumulava como restos de um jantar, ao lado dos pratos vazios tinha algumas velhas já gastas e sobre o tecido fino que cobria a mesa haviam taças de vinho. Nunca gostei de fazer o papel de otária, mas infelizmente é a esse papel que estamos propensas quando amamos demais, um papel que ninguém quer fazer e por mais que eu não goste da ideia, acho que é isso que estou sendo agora, uma tremenda otária.  O Som relativamente alto da TV abafava qualquer som externo, no youtube tocava “Sade- Smooth operator”.  A casa de William era gigantesca, era sempre limpa por cecilia, a empregada que era a governanta da casa, meus olhos rodaram por todo piso molhado em direção ao segundo andar. subi as escadas devagar e a primeira coisa que encontrei foi seu quarto, com a cama bagunçada e o que eu mais temia.  Peças femininas que cobriam o chão de porcelanato branco sobre o chão, pacotes de camisinha vazios espelhados sobre a cômoda marrom ao lado da cama mas foi quando a música na tv pausou para dar início à outra foi que eu ouvi o que eu mais temia naquela noite.  Os gemidos de outra mulher, que infelizmente não eram os meus. Minhas malas haviam ficado no primeiro andar, e eu me arrastei pelo corredor até chegar no banheiro e foi lá que eu literalmente encontrei William em pé, no box largo e espaçoso do banheiro, se enfiando dentro de outra mulher que estava de costas para ele. Sua boca estava entreaberta e ela esfregava sua b***a branca no m****o que eu já amei um dia, mas agora só conseguia sentir ódio. Ele aumentou os movimentos anunciando que logo estaria em seu limite, a música voltou ao seu ápice no primeiro andar, entrando pela porta do banheiro.  E lá estava eu, vendo o homem que idealizei como meu, gozar de uma forma que nunca gozou comigo, mas sim com outra mulher. Eu estava com o ego ferido, e meus olhos só viam a ofensa que ele havia me proferido. Eu fiquei ali, parada e petrificado pensando em todas as juras de amor que um dia ele me fizera, em todas as vezes que transamos e ele dizia que eu era única, que eu era o ápice de sua vida e o quanto ele era sortudo por me ter ao seu lado. Mas agora estava provada. William era judas e por alguns segundos eu destravei do que quer que tenha me prendido ali, em pé, como uma voyer.  — Espero que tenha valido a pena — Eu falei sério, chamando atenção dos dois. William pegou uma toalha presa no blindex enquanto a mulher apenas tentou tapar suas partes intimas expostas. Eu sorri frouxo e William se petrificou olhando pra mim como um cachorro.  — Megan, Espera ai.  — Imbécil ! — Eu exclamei tomada pelo ódio insano de ter sido enganada de uma forma tão i****a. 
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