Lobo narrando O meu celular não parava de apitar. A v***a da Bruna me enchendo, mandando mensagem atrás de mensagem. No começo eu até tentei ignorar, mas a filha da p**a não desistia. Quando ela ligou, eu deixei tocar. Na segunda vez, já me irritei. Na terceira, desliguei na cara dela. Eu não queria papo, não tava afim de drama. O sol nem tinha dado as caras ainda quando eu colei na boca. O movimento tava vivo, vapores trocando o turno, malote correndo, olheiro gritando senha nova pros que subiam. O cheiro da madrugada era só pó, fumaça de cigarro e o suor do corre. Minha favela respirava crime e eu respirava junto. Entrei direto na sala, aquela que um dia foi do Guto. A mesma sala que o Cabelinho nem teve tempo de esquentar a cadeira. Agora era minha. Só minha. Sentei, passei a mão no

