Lobo narrando Mais uma vez eu tava na boca, olhando o movimento, trocando ideia com uns vapores, tentando manter a mente focada nos corres. Mas não adiantava: Bruna sempre vinha me azucrinar. A mulher parecia ter nascido pra infernizar minha vida. — E aí, Lobo, até agora nada da mina… cê não vai me dizer que perdeu Sandrinha, né? — ela falou atravessado, com aquele jeito venenoso. Meu maxilar travou na hora. Essa p***a já tava virando rotina. Bruna cismou com Sandrinha, como se fosse pessoal. Toda hora a mesma ladainha. Soltei a fumaça do cigarro e encarei ela, os olhos estreitos. — Qual é tua mesmo, Bruna? Hein? — perguntei, a voz baixa, mas cortante. — Que raiva é essa que tu tem da Sandrinha? Ela bufou, os olhos cheios de rancor. — Tu quer saber? Eu vou te falar então! — cuspiu a

