JR narrando Eu fiquei maluco. Tava doido, fora de mim. A saudade da Sandrinha me corroía por dentro feito ácido. Eu precisava dela, do cheiro dela, da pele dela, do corpo colado no meu, com o corpo ainda quente depois do que a gente acabou de fazer, eu sentia a dor latejando no meu ombro. A p***a do ferimento queimando, me lembrava que eu não sou invencível. Mas f**a-se, valeu a pena. Valeu cada segundo, cada gemido, cada arranhão que ela deixou em mim. A água do banho ainda escorria pela pele dela quando puxei a Sandrinha pra cama comigo. Agora o quarto tava silencioso, só o som das nossas respirações pesadas enchendo o espaço. Ela se mexeu devagar, se ajeitando no meu peito. Os dedos dela desenhavam círculos preguiçosos na minha barriga, como se quisesse me prender ali pra sempre.

