A traição

821 Words
Meu nome é Vitor Cavalcante, tenho 34 anos e sou o jovem mais rico da cidade. Meu pai é dono de mais da metade da cidade, literalmente. Ele quem fundou a universidade, escola particular, hipermercado, metade de tudo é dele. A outra metade, diria que ele é sócio, porque cedeu capital para o desenvolvimento. Mas meu pai não é mão aberta, nunca investiu em nada que não fosse trazer muito retorno pra si, menos ainda por caridade. Ele é mão fechada e só investe em projeto que vai dar retorno. E rápido! Eu sou o único filho. Quando voltei dos Estados Unidos, oito anos atrás, estava cheio de sonhos. A gente aprende muita coisa quando estuda no exterior. Eu tinha projetos de diesel renovável e sabia como investir em petróleo, com responsabilidade social. Precisava apenas do investimento inicial do meu pai, que me cedeu se eu adiasse meu casamento com Celine por três anos. Os argumentos dele eram válidos: eu tinha muito trabalho pela frente, tinha que dedicar muito tempo ao meu projeto e a administrar os negócios dele. Celine era minha namoradinha de infância. Minha amiga, minha parceira e eu fui apaixonado por ela a vida toda. Quando saí da cidade pra estudar, fizemos um pacto de castidade. Ainda éramos virgens e prometemos nos guardar para depois do casamento. Eu passei 5 anos fora e não vou dizer que foi fácil segurar a emoção. Mas amava aquela loirinha mais que tudo em minha vida! Celine aceitou esperar os três anos, e foi se preparando. Já desde o primeiro ano, dei acesso ilimitado às minhas finanças para ela fazer o que queria. Comprou a segunda maior mansão da cidade, já que a primeira era dos meus pais. Minha mãe ajudou ela a escolher os móveis, enxoval, tudo. No primeiro ano estava tudo pronto. E eu pouco me envolvia com os preparativos para o casamento. Estava focado na implantação do meu projeto e recebi a indicação de uma consultora muito inteligente que vivia no Canadá. Senhorita Poirot resolvia tudo por email, nunca aceitou nenhuma chamada de vídeo, no máximo com a câmera escura: ela me via, mas eu nunca a vi! Mesmo assim, confiava minha vida a ela. Tudo o que ela aconselhava, dava certo! Então, depois de um ano trabalhando juntos, contratei ela pra ser minha assessora exclusiva. Não ia arriscar ela dividir suas boas idéias com meus concorrentes. E meu noivado? Evitava ficar perto de Celine. Eu tinha 24 anos e ainda era virgem! Era muito difícil resistir e eu não queria desrespeitar a decisão dela! Um dia, minha mãe me chamou atenção quanto a isso: — Celine é uma menina tão boa, tão dedicada, Vítor! Você está negligenciando sua noiva. Precisa passar mais tempo com ela, cuidar dela! No dia seguinte, chamei ela pra almoçar comigo. Falei que mandaria o motorista buscar ela pra vir almoçar no escritório: — Eu tenho um carro, Vítor! Você mesmo quem me deu. E eu sei dirigir, sabia? — Desculpe, meu amor. Eu sei que estou sendo negligente com nosso relacionamento… — Relaxe, benzinho. Eu faço como nos anos anteriores. Finjo que você ainda está nos Estados Unidos. Tudo vai ficar bem! — Tá bom, então pegue seu carro e venha almoçar comigo hoje. — Não vai dar. Hoje vão instalar as cortinas em nossa casa. Preciso vistoriar, pra ficar tudo do meu jeito! — Está bem. Mas precisamos incluir em nossa rotina um tempo para nós. — A noite vou em sua casa pra gente namorar e combinar nossas agendas. Na hora do almoço, resolvi fazer uma surpresa pra ela. Passei no drive do Mac Donald's, que sei que ela ama, e fui pra nossa casa, pra gente sentar no meio daquele carpete fofinho que ela comprou e comer lanche enquanto namorava. Quando cheguei, vi um dos carros do meu pai na garagem. Bati em minha testa, é claro que mamãe viria pra acompanhar a instalação de enxoval na casa. Celine era um primor de moça, mas de família pobre. Não deveria estar habituada a todo luxo e requinte que minha mãe podia orientar. Peguei o Big Mac com milk shake de ovomaltine que era o preferido dela, pensando que seria melhor deixar para as duas e comprar outro pra mim na volta. Quando entrei, achei que ouvi gemidos vindos da sala e meu coração acelerou. No mínimo uma das duas malucas foi se meter a ajeitar alguma coisa e caiu, e deve ter se machucado porque estava gemendo de dor! Acelerei o passo e quando entrei na sala, fiquei tão horrorizado com a cena que derrubei o embrulho em minhas mãos. Os copos de milk shake abriram quando bateram no chão, espalhando o líquido marrom escuro por todo o carpete felpudo branco. Em meu enorme sofá Brooklin ilha com chaise marrom, meu pai estava sentado com as calças arriadas nos pés e Celine totalmente nua, cavalgando nele enquanto estava sendo enrabada…
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