CAPÍTULO 14

1675 Words
Viro mais uma vez na cama. Eu precisava comer aquele mousse. Maldito comercial de TV. Fecho os olhos e o mousse de chocolate me vem a cabeça, minha boca se enche de saliva na ansiedade de comer o doce. Me levanto da cama em um pulo ainda era dez da noite. Em algum lugar eu encantaria aquele mousse. Manu e meu irmão estão abraçados vendo o filme na TV. Os dois se afasta não tão de pressa como das outras vezes. — Onde está as chaves do seu carro, Vitor? Eu preciso sair. Meu irmão levanta uma das grossa sobrancelhas. Em um mudo silêncio. Manuela já ciente da história segura a minha mão e me leva para cozinha. — O que está acontecendo ? Em sua voz sussurrada só havia preocupação. — Não é nada demais. Só preciso ir até a padaria ou shopping ou confeitaria ou qualquer drive que esteja aberto e comprar aquela droga de mousse. — Você estar tendo o seu primeiro desejo, amiga ? Ela fala em meio a pulinhos empolgado e eu ja estou quase dentro da geladeira em busca de algo doce. — Mas que p***a é isso ? – Levanto um saco plástico que estava dentro da geladeira, eu sem pensar duas vezes havia colocado um na boca e agora sentia um gosto asqueroso. — Isso é goji berry desidratado. É muito bom. Olho para minha amiga e vejo que ela estava falando sério a respeito da fruta. — Aqui não tem mousse - ela diz com calma, acho que ela está com medo da minha reação, começo a chorar agora estou muito chora com os hormônios da gravidez, a manu me olha espantada, por meu mousse faço mais um draminha ela tenta me acalmar. — Jú, não chora você vai ter o seu mousse. Ela segura em minha mão fazendo carinho. — Como ? Limpo as lágrimas e sento no banco da cozinha, pego mais uma frutinha desidratada. Assim que mordo, cuspo de volta. — Que coisa horrível. — Será que faz mau se o bebê não comer o que está com vontade ? Não sei o que se passou na cabeça de Manuela. Mas a contar pelos seus gritos por meu irmão não foi algo bom. — Vitor.... VITOR. Escuto os passos apressados do meu irmão. — Não vamos pagar para ver, você terá o seu mousse. – Ela diz com convicção. — O que aconteceu? Meu irmão aparece na sala, o cordão do moletom solto. — Achei que tivesse ido pegar a chave. Vamos, temos que comprar mousse agora. — Mas... já está muito tarde. Não podemos fazer isso amanhã? É só uma sugestão. Ele diz assim que minha amiga começa a andar pela sala. — Me de as chaves, eu mesma vou ou se for demais para você eu chamo um carro de aplicativo. Ela pega o celular e mexe nele. — Manu, o que está fazendo? Se quiser eu posso ir. Só não entendo essa urgência. — Você pode ir lá colocar um sapato. Estou vendo aqui um local próximo. Meu irmão faz exatamente o que ela mandou e vai até o meu quarto pegar os sapatos. — Eu acho que não quero mais o mousse. – Brinco com ela. Os olhos arregalados dela me faz ri. — Como assim ? O que você quer ? — É brincadeira amiga. Vou lá colocar meus sapatos, chefe. Ela sorri e ainda assim fica um pouquinho vermelha. Depois de dez minutos estamos os três dentro do carro do meu irmão, ele até tentou fazer perguntas do por que estava dirigindo até um shopping no centro. Meu irmão começa a falar sobre como mamãe e o papai estava, os dois fixaram muito bem sem os filhos, agora estavam aproveitando a vida a dois e até mesmo haviam feito uma reforma na casa. — Estão pensando em adotar um cachorro. — Eu não acredito. Eles nunca me permitiram ter nem um animal, sabe quantas vezes eu implorei para levar cachorros que encontrava na rua ? Meu irmão contou que os dois já estava na verdade com um cachorrinho e eu tive que me controlar para deixar isso para lá. — Vire a direita, amor. – Um silêncio perturbador tomou conta do carro assim que Manuela chamou meu irmão de amor. Amor. — O cachorro se chama Frederico. É um Yorkshire muito bonito. Meu irmão tenta disfarçar. Minha amiga não diz nada e eu gosto de ver os dois tão desesperado já que na maioria das vezes era eu que estava na posição de constrangimento. — Eu sei o que estar rolando entre os dois e não posso negar que me preocupo. Não quero nem um de vocês dois machucado, vocês são as pessoas mais importantes da minha vida. Minha amiga se vira no banco, os olhos vermelhos e cheios de lágrimas. — Obrigada. As palavras sai sem som, enquanto grossas lágrimas caem do seus olhos. — Eu nunca senti isso por ninguém. Tudo que quero é fazer Manuela feliz, não se preocupe, Pequena. Eu prefiro a morte antes de machucá-la. Eu quero uma família com essaa garota maravilhosa. Que burro eu fui por não perceber antes. Ele falava cada palavra com carinho, voz ficando embargada. — Você é tudo para mim, Manuela. Meu irmão fala com sinceridade e vejo o carinho em que Manuela olha para ele e a forma distraída que ela acaricia seu braço. — Eu sei que não vai ser t**o de fazer besteira, acho que tem amor a sua vida. Não ia querer acordar com os testículos preso com grampos ao lençol. Manuela ri enquanto meu irmão se encolhe no banco e suspira de nervoso. Entramos no shopping e em desespero fomos até a prassa de alimentação. Assim que a moça serve o mousse eu me sinto relaxar. Observo o mousse de chocolate ao leite com raspa de chocolate branco, pego a colher e começo a comer. Saboreando o gosto do doce. — Meu Deus. – como mais uma colher e gemo ao sentir o gosto maravilhoso. — Que delícia. Meu irmão e minha amiga me observa com um sorriso. — Posso provar um pouco? Seguro o pote de forma protetora. Para que ela não pegue. — Desculpe amiga está muito gostoso para compartilhar. Ela sussura algo no ouvido do meu irmão que se levanta e um minuto depois volta com mais dois pote. Um de maracujá e outro de morango. — Está tudo bem eu tenho o meu. – Ela me provoca levando uma enorme colher a boca. — Jú, por que está me olhando assim ? — Não é nada. Mas eu preciso provar o seu. — Não nem pensar você sabe que eu amo mousse de maracujá e você não pode ser tão egoísta e esperar que os outros também não seja. Ela diz segurando o mousse junto a ela do mesmo jeito que fiz. — Mas eu não quero tudo só quero metade para misturar com o meu. Tento explicar e ela me olha com nojo. — Isso é nojento. – Ela e meu irmão falam Juntos. — Não é não. Vai ficar super bom daqui o seu. – Dessa vez fui mais rápida, eu pego o mousse que ela esconde entre as mãos e começo a misturar com os dois me observando. Como todo o mousse que ficou uma delícia. Meu irmão segura em meu braço me levando até o balcãode flores, ele iria comprar flores para minha amiga. Entusiasmada eu pego um boqueirão de rosas vermelhas e levo até ele. Mas antes que consiga chegar ao outro lado do pequeno quiosque sinto um aperto em meu braço, me fazendo parar. Olho para o dono da mão e o buque cai no chão. Ian parecia furioso a minha frente. — Me solta. Ele se abaixa e pega as flores do chão, algumas pétalas ficando para trás. — Eu preciso falar com você. — Jú... Demorou exato um segundo para Ian se transformar em uma pessoa raivosa e deixar transparecer todo o seu ódio. Ele olhou para mim com repulsa. — Então foi isso ? já entendi tudo por que você quis colocar um ponto final sem nem ao menos tentar. E eu aqui feito im bobo atrás de você. Quando age como uma qualquer saindo imediatamente com outro. Sem nem mesmo pensar eu acerto seu rosto, minha mão arde com a força do impacto. Ele vira o rosto para mim novamente e sorri com sarcasmo. — Me solta. Meu irmão aparece no segundo seguinte. Parecendo mais um touro raivoso. — Já ouviu o que ela falou, agora solte ou eu serei obrigado a te fazer obedecer. — Seja feliz. Ele virou as costas me deixando mais uma vez. Começo a tremer descontroladamente. Sinto minhas pernas senderem e meu irmão me segura. — Ei calma. Quem que este homem é seu e por que ele acha que te namoro? Me responde, Juliana. Por que está assim? – ele começa a fazer várias perguntas e começa a olhar os meus braços tem algumas marcas vermelhas. — Ele te machucou. — Calma. ele não é ninguém e não me machucou eu estou bem. Eu me recomponho e sorrio para o meu irmão tentando parecer calma. — Pequena conta tudo, eu sei que está acontecendo algo e você está estranha, você pode confiar em mim lembra que não existe segredos entres nós. — Ele é alguém que conheci a algum tempo. Eu ainda podia vê-lo. Estava com tantas sacolas de loja de bebê e aquilo me doeu. Saber que aquele bebê teria um pai e o meu não. Eu seria tudo o que ele teria. Encontramos Manuela alguns minutos depois, ela havia comprado grandes quantidades de mousse. Minha amiga ficou emocionada quando recebeu as flores. Então eu decidi que iria para casa sozinha. Espero do lado de fora pelo carro, o frio começando a incomodar. Vejo o carro de Ian passar por mim. Mas a frente vejo ele parando e então ele acelera. Acaricio minha barriga. — Eu vou te amar incondicionalmente.
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