Meses depois, a casa parecia mais equilibrada, mas as emoções ainda eram frágeis. Certo dia, Sophia chegou da escola chorando, os olhos vermelhos e o rosto marcado por lágrimas. Beatriz se ajoelhou na altura da menina, tentando entender o que havia acontecido.
— Sophia, meu amor, o que foi? Por que está chorando?
Sophia enxugou os olhos com as mãos pequenas, soluçando.
— Uma amiga disse que eu não tenho pai. Ela falou que todo mundo tem um pai, menos eu. Por que o papai não volta, Bia? Eu quero o papai...
Beatriz sentiu o coração se apertar. Tentou consolar Sophia, segurando-a em um abraço.
— Ah, meu amor, o seu papai te ama muito, onde quer que ele esteja. Ele nunca se esqueceu de você, e nem eu.
José, que havia acabado de chegar em casa, ouviu a conversa e se aproximou. Ele sentou-
