Beatriz
Acordei com o sol batendo na cara, mas nem liguei. Não queria me mexer nem um centímetro. O Luiz tava colado em mim, braço pesado na minha cintura, peito subindo e descendo no mesmo ritmo que o meu. A respiração dele batia no meu pescoço, quente, calma, e eu fiquei ali, parada, olhando cada detalhe dele dormindo. As sobrancelhas grossas, a cicatriz pequena na testa, os lábios entreabertos, a barba por fazer… c*****o, ele era lindo até dormindo. Eu sabia que devia me afastar, mas não consegui. Fiquei ali feito boba, sorrindo sozinha, sentindo aquele calor gostoso que só ele me dava.
Aí ele começou a se mexer. Franzir de testa, bocejo preguiçoso, e quando abriu os olhos… me pegou olhando. Em vez de zoar, ele sorriu. Sorriu daquele jeito moleque que me deixa sem ar.
— Bom dia, Beat
