Estou cansada da vida que tenho, dos despreezos de mamãe e Alice. Não entendo o que eu fiz para Alice me tratar com tamanha indiferença.
Sempre obedeci minha mãe e meu pai, nunca dei nenhum trabalho pra eles, sempre foi boa na escola, sempre me comportei nos jantar de negócios do papai. Mas em todos sempre Alice me fez ter problemas com mamãe. Eu nunca quis ser odiada por elas. Eu amo a minha irmã, amo a minha mãe, mas parece que elas não me amam, parece não ser recíproco.
Meu pai é o único que me defende dos surtos de Alice e da mamãe, mas nem sempre ele está para me defender, tanto é que hoje ele não estava, sempre está viajando a negócios de trabalho.
Estou na minha mais profunda paz quando sou surpreendida com um homem me arrastando para um lugar mais afastado do parque, pouco movimentado, escuro.
- Me solta. Soco.. ele coloca a mão na minha boca abafando meu grito.
- A gente só vai se divertir um pouco, gatinha. Fica caladinha se não vai ser pior. _ Fala me segurando com brutalidade.
- Socorro, alguém me ajuda._Sou surpreendida com um tapa,que me faz cair no chão. Ele sobe em cima de mim, rasga minha blusa deixando a mostra o sutiã, desce minha saia. Desesperada grito outra vez.
- Não por favor, não faça isso. Socorro, me solta. Grito com toda minha força. Recebo outro tapa que me deixa tonta. Ele começa a beija meu pescoço, dou uma joelhada nos seus testículos e tento sair debaixo dele. O que foi em vão. Ele me prensou mais forte contra seu corpo.
- Alguém me ajuda, por favor. Não. fico desesperada quando ele começa a descer sua calça. Começo a chora minha visão está turva quando sinto o homem ser brutalmente arrancado de cima de mim.
Sei que é um homem que tirou o abusador de cima de mim, mais não vejo seu rosto, por causa da pouca luminosidade não dá pra vê seu rosto.
Vejo-o esfaquear o abusador. Fico com receio de quem esse homem é.
- Você está bem? _pergunta tirando seu palitó me estendendo, peguei de sua mão e me cobri.
- Estou! Obrigada! _digo me afastando de perto dele.
- Te certeza? _pergunta com a voz grave que faz qualquer um ficar com medo.
-Sim. _respondo me afastando mais.
Percebo que ele não gostou quando fiz tal ato.
- Meu motorista irá te acompanhar.
-Não precisa irei sozinha.
- Pra ser abusada de novo?
- Eu não cheguei a ser abusada... Obrigada!.
-Então ele não..? _Ele desce o olhar para meu corpo. Fico desconfortável e fecho mais o palitó em meu corpo.
- Não.
- Que bom, menos mau.
- Obrigada mais uma vez!
- Não a de que. _falo colocando a mão no bolso.
Ciro leve-a até sua casa.
- Não precisa.
- Não perguntei se precisa. _Fala em um tom rude.
- E o senhor?
- Henrique vira me buscar.
Ciro passa em minha frete me chamando, acompanho-o sem olhar para trás, entro no carro no banco de trás. Passo o endereço da minha residência e não digo mais nada. O trajeto foi em completo silêncio.
Chego em casa meu pai já estava na sala sentado no sofá, parecia nervoso.
- Que bom que você chegou. Onde você estava Giullia? pergunta me abraçando. O abraço de volta chorando.
...