SEREIA NARRANDO
Quando volto para sala o neguinho já não tá, como eu já tinha terminado de olhar, eu mando um e-mail pra ele, que quando ele puder, ele me retornar por ligação, batem na minha porta
- entra - falo olhando pra porta, e por ela se passa a minha prima Júlia
- fala prima, tudo na paz de Deus - fala fazendo o toque comigo e tira o seu fuzil, colocando encostado na porta
- como eu tou importante hoje - falo e ela rir- tá tudo tranquilo prima, já deu a ronda pelo o morro- pergunto e ela concorda
- já mermo, continua na paz de Deus - ela fala seria e vem pra perto, pega um baseado que tem na minha mesa
- folgada pra p***a, em mano - falo com ela que dá de ombros
- da liberdade, pra quem não tem vergonha na cara, é uma estrada sem volta - ela fala acendendo o baseado
- tou vendo mermo - falo seria e n**o com a cabeça
- ae mudando de assunto, vamo sair hoje - ela fala e eu arqueio uma sombrancelha
- pra onde maluca - pergunto pegando o meu celular
- ahh, vamos pro barzinho o do Dubaí- ela fala, esse bar é aqui dentro mermo, ele é perto do mirante
- vai ter oque lar, pra tu tá querendo ir - pergunto pra ela que faz cara de desentendida
- pô hoje é quarta, vai ter pagodinho, com certeza alguns caras bonitos, e nós lá, lindas e gostosas pisando na cara das putas, aceita vai e vamos pro pagode- ela fala e até que é uma proposta irresistível de recusar
- cara tu me conhece muito bem, pagode, cerveja é p**a pra tirar uma com a cara delas, é claro que eu topo - falo rindo e ela rir também
- Aeeee- ela fala batendo na mesa e eu n**o
- deixa de fazer barulho, c*****o - falo e ela rir, se levanta da mesa
- passo na sua casa 11 horas - ela fala e eu concordo, ela pega o seu fuzil e sai da sala
O meu celular começa a tocar, eu transfiro a ligação pro meu computador, e é o meu irmão, ele já atende sorrindo
- oi maninho - falo com ele que sorri
- oi minha sereia- ele fala - como você tá? Como tá as coisas por ae - ele pergunta tudo de uma vez
- calma - falo e nós dois rir - tá tudo mec, graças ao nosso bom Deus, eu tou morrendo de saudades de você, cuide e venha logo - falo e ele concorda
- falta pouca coisa, tou quase conseguindo- ele fala e eu concordo, pego o caderno e amostro na tela do computador e ele tira foto com o celular dele
- tá bom, cuide e venha embora - falo
- daqui três semanas no máximo, chega a sua bolsa- ele tá falando da mercadoria, nós fala assim por que não queremos correr o risco das nossas ligações serem grampeadas.
- tá certo amor, vou tá na espera - digo
- vou ter que desligar, vou entrar em reunião- ele fala sério
- tá, fica com Deus, que sua reunião seja um sucesso- falo e desligo, para não ocupar o seu tempo, vejo que é a hora do almoço e resolvo ir pra casa, que se eu não for pra casa almoçar a dona Regina arranca o meu coro de faca quente, papo reto mermo, vai pensando que a coroa é flor que se cheire, pego a minha glock o meu rádio, coloco na cintura e saio da boca, subo na minha moto e acelero saindo dali, indo direto pra minha goma
Chego perto e os crias já abre o portão, imbico pra dentro, estaciono na garagem, desço da moto e vou entrando pra dentro, vejo o meu pai vindo da cozinha mancando, o filho da p**a do ex comandante fez uma emboscada pra nós, deixando o meu pai assim, mas ele não vai ficar assim ele já tá quase bom, agora o comandantezinho foi de arrasta, e eu corro pra perto dele
- eiii o senhor não tá tão bom assim, pra tá andando sem apoio- falo seria olhando pra ele, coloco o seu braço no meu ombro ajudando ele ir pro sofá, que dá uma risada grossa mas gostosa de se ouvir
- Nat eu não estou morto, eu já tou bom, é só uma leve dor, não precisa de preocupar, o coroa aqui é soldado velho de guerra- ele fala rindo e pegando no meu cabelo e eu n**o
- ainda não concordo, era pra ficar de repouso- falo seria e ele n**a, me sento do seu lado
- já chegou filha - fala a minha mãe vindo da cozinha, ela é uma coroa bem enxuta pra idade dela
- eae coroa - falo sorrindo pra ela, que me olha com a cara fechada
- Oh Nathália não começa não c****e- ela fala apontando o dedo pra me, eu levanto as mãos em sinal de rendição
- calma aê, dona Regina- falo rindo, ela n**a com a cabeça é vem me dá um beijo- bom vou subir, tomar uma ducha- falo e me levanto
- vai mermo, que o almoço já já sai- a coroa fala e eu concordo, subo as escadas e vou pro meu quarto.
Entro no mesmo, vou direto pro banheiro, tiro minha roupa a colocando no cesto de roupa suja, entro debaixo do chuveiro, deixando a água cair sobre o meu rosto
Acho que vocês tão com várias perguntas, ahhh yara, como assim você mora com os seus pais? como assim ex comandante? oq aconteceu com ele? Como foi que o seu pai ficou assim? Vou explicar tudo pra vocês
Sou muito apegada com os meus pais, acabou a contrução da minha casa agora, então estou sem jeito de falar pra eles, amo muito morar com eles, mas eu acho que eu preciso da minha privacidade, não sei como vou falar mas preciso falar, essa história do comandante é mas intensa do que vocês imaginam
Bom enquanto vou falando com vocês vou lavar o cabelo, isso foi quase a 5 meses atrás, numa noite nublada, meu pai, e eu, mas 50 soldados, fomos para o Porto de Niterói, que chegaria a nossa encomenda de droga que era quase 1 konteyner é meio, chegando lá fomos direto na onde tava os konteyner, desço do carro e olho pros lado, mirando a minha G3 com mira lazer até onde não tem espaço, e não tem nada de estranho no local
- BORA, bora, pode abrir os dois konteyner, e encher o carro pra nós pisar- grito alto e assim os meus soldados fazem, metade dessa droga quando sair daqui já é distribuição, olho na onde o meu pai tá, e vou pro seu lado e me sento no capo do carro
- por que c*****o eu tou sentindo uma parada r**m - ele fala com a voz prensada e me passa o beck e eu n**o, por mas de tudo eu tenho respeito pelos os meus pais, nunca fumei maconha perto deles.
- Quero não, valeu!- falo seria e ele n**a rindo, já ligado por que - não brisa nesses papos de parada r**m não, pelo amor de Deus - falo sério, olhando pra ele e viro o meu olhar pra pista quando eu vejo mas de sete carro adaptado pra policial e um blindado - p***a c*****o, Anda essa p***a, e bora contenção- grito seria, e vou com a minha arma já engatilhada, mas ela não tá mirada, vai eu o coroa e mas de 20 soldados, já a Júlia fica de olho num local mas afastado só esperando o meu sinal, e o resto vai guardando, as drogas no carros, os carros param e eles descem normalmente como eu espera e vem o comandante, mas fica afastado numa distancia boa que não traz tanto perigo.
- boa noite, senhor MT- fala o comandante e eu encaro ele seria, lembrando todos nós estamos de máscaras, e eles não tem o nome nas fardas, tão como clandestino. Milicianos do caralho
- Boa noite Carlos, oque deseja - meu coroa fala na maior irônia e ele n**a
- oque acho f**a em você é isso, por mas que esteja na merda não para de fazer gracinha - fala o comandante, balanço a cabeça negando
- é quem disse que nós tá na merda - falo seria com ele que n**a com a cabeça
- quem é essa moça bonita - ele me olha com malícia, pego a g3 e miro na cabeça dele, que faz os milícias destravar as suas armas e mirar pra nós, os soldados destravam também a deles - ela é estressadinha né - ele fala irônico- bom oque eu desejo é a sua captura que vale muito, muito dinheiro - ele fala é a cabeça do coroa tá valendo uns dois barões
- é mas não vai levar ele não se ligou, dá teu preço - falo seria e ele aponta a arma dele pro meu pai, e o coroa já tá de tempo com a arma mirada pra ele, o MT dá um tiro no peito do comandante, o mesmo dá um tiro no quadril do meu coroa, vejo o meu coroa caindo no chão e atiro na cabeça do comandante duas vezes fazendo a segunda bala atravessar no buraco, e começa o caos dos tiros, jogo um braço do meu pai no ombro e vou correndo pra traz do carro.
- o carro que já tiver cheio vamos agora pro jacaré- falo já com os olhos cheios de lágrimas- pai vai ficar tudo bem tá, só preciso que você fique comigo - falo já chorando, é um carro para, o vapor vem pega o meu pai e coloca ele deitado no banco de traz e eu vou junto - corre menor, passa por cima - falo seria e ele concorda, pego o meu rádio - cacheada tá de frente - falo séria, o cria acelera que tá mas de 200 na velocidade, r***o a minha blusa e coloco o pano em cima da ferida, pra estancar o sangue.
Chegamos no morro flutuando no calçamento, o menor já vai diminuindo a velocidade, e buzinando, chegando no posto, ele desçe e pega o meu coroa e eu vou entrando correndo.
- PATRÃO BALEADO c*****o, QUERO SERVIÇO AGORA PORRAA- grito pra c*****o e vem correndo três médicas, duas enfermeira
- vamos levar ele pra cirurgia agora patroa, vamos fazer o nosso possível para que tudo ocorra bem - fala a médica
- faça até o impossível, der a sua vida mas que ele saia bem dessa sala que ele vai entrar - falo seria e ela concorda de cabeça baixa e vão entrando correndo.
BAGULHO TÁ FICANDO TENSO!! Vocês tão gostando? Quero 30 comentários para o próximo!!!!