📍 NARRADO POR BRAYAN A mina sentou no banco, chupando aquele picolé de coco como se o mundo tivesse parado, mas meu radar tava ligado no talo. Olhei pro redor, cada canto, cada rosto. No morro, distração é convite pra problema. Ela ficava ali, olhando as crianças, e eu só pensava: essa aí não faz ideia do tamanho da placa de “não encosta” que carrega sem nem saber. E não é só por ser irmã do Terror. É pelo jeito… pelo jeito que atrai olhar sem precisar abrir a boca. Chegou um moleque vendendo pipoca, desses que tenta fazer amizade na lábia. Bateu o olho nela e já abriu o sorriso. — “Quer pipoca, moça?” Dei um passo pro lado, só pra entrar no campo de visão do pivete. Ele travou na hora. — “Valeu, não vai rolar.” — falei seco. O moleque sumiu no mesmo segundo. Ela olhou pra mim

