capítulo 48 Bryan

905 Words

📓 NARRADO POR BRAYAN Tem gente que nasce pra viver no morro. Eu não. Eu nasci pra sobreviver nele. É diferente. Tenho vinte e oito anos. Alto, um metro oitenta e dois de encrenca. Pele clara que contrasta com as tatuagens que sobem do pescoço, descem pros braços e se espalham pela mão — um mosaico que já não lembro quando começou nem quando terminou. O cabelo, eu mantenho sempre na régua, raspado nas laterais e alinhado em cima. Gosto da sensação de tá pronto pra qualquer foto, qualquer olhar, qualquer mira. A jaqueta de couro preta é quase uniforme. Não é frescura, é armadura. O peso da pistola na lombar é constante, como batimento cardíaco: se um dia sumir, eu desconfio do mundo. Carrego uma Glock 22, cabo fosco, mira adaptada. Sempre limpa, sempre pronta. Meu apelido no morro é “Br

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