capítulo 17 Continuação

1157 Words

O carro deslizava pela estrada vazia. A madrugada lambia o asfalto com silêncio e farol. Lá fora, tudo era sombra e promessa de tempestade. Lá dentro… só o som do motor e o peso de dois irmãos indo de encontro ao abismo. Helena mexia no celular, perna dobrada em cima do banco, cabelo bagunçado pelo vento que entrava pela janela aberta. Mas tinha um brilho nos olhos dela. Um fogo novo. Diferente. — “Quem sabe lá no Alemão eu encontro um gatinho lindo, né?” — ela soltou, com a voz atrevida. — “Já que aqui em Angra nosso pai ficava 24 horas no meu cangote, achando que eu ainda sou criança…” Soltei um suspiro pesado, sem tirar os olhos da estrada. Mas olhei de canto. Ela tava com aquele sorriso maroto que sempre vinha antes de fazer besteira. — “Nada vai mudar, Helena.” — falei, se

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