📍 NARRADO POR DANIEL VASCONCELOS
Olhei pro Bruno depois da pergunta dele e, por um instante, larguei a casca do “chefe”. Não tinha dono de morro ali, nem Terror. Só eu, Daniel, cansado e ainda com aquele gosto amargo de memória na boca.
— “Quero eles comigo… debaixo da minha asa.” — falei devagar, olhando pro chão, como se confessasse um segredo.
Bruno franziu a testa.
— “E tu acha que isso vai segurar?”
Soltei o ar, passei a mão no rosto.
— “Não sei. Mas eu sei o que é ser moleque com fogo demais no peito e ninguém pra apagar ou acender no rumo certo. Eu também já fui assim. Tinha sonho de botar terno, defender gente na justiça… e olha onde eu tô agora.”
Dei uma risada curta, sem graça, antes de continuar:
— “Esses dois… ainda tão no ponto de curva. Se largar, o morro engole. Se d
