capitulo 65

1218 Words

📍 NARRADO POR DANIEL VASCONCELOS Já era noite quando subi pra casa. O beco respirava em silêncio, só o eco distante de funk perdido e um cachorro latindo de cima da laje. Subi devagar, cada degrau arrastando a lembrança do dia — Renan, Tico, Brayan, Bruno falando em faca de dois gumes… e no meio de tudo isso, a cicatriz que nunca fecha: Luísa. Angra sempre me volta nela. Sempre. Empurrei a porta. Lena tava largada no sofá, celular na mão, cabelo solto, cara de quem esperava só pra soltar notícia. Levantou os olhos e me sorriu de canto. — “Até que enfim, hein? Pensei que o morro tinha te engolido de vez.” Larguei a jaqueta na cadeira, joguei o cigarro apagado na pia e fui direto: — “Como foi teu dia?” Ela abraçou a almofada no colo, com aquele jeito de quem vai abrir a boca e já sei q

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD