📍 NARRADO POR DANIEL VASCONCELOS — CONTINUAÇÃO Eu virei as costas pro corpo no chão, já deixando o beco pra trás. A adrenalina ainda martelava no meu ouvido, misturada ao gosto metálico de sangue que não era meu. Dei dois passos e senti a mão da Alice fechando no meu braço. — “Daniel…” — a voz dela tremia, mas não era só pelo que tinha acabado de ver. Parei seco, mas não olhei pra ela de imediato. Meu corpo inteiro ainda tava no modo de ataque, e qualquer toque parecia cutucar a ferida errada. Virei a cabeça só o suficiente pra encarar por cima do ombro. — “Não me toca, Alice.” — a frase saiu fria, cortante, como faca recém-afiada. Vi os olhos dela vacilarem, a mão recuando meio centímetro, mas sem largar de vez. E aí, por cima da raiva que eu carregava, vi o rosto dela — o corte

