📍 NARRADO POR HELENA VASCONCELOS Assim que o Daniel cruzou a porta e sumiu no corredor, o som das botas dele batendo no piso foi diminuindo até virar silêncio. Fiquei encostada no parapeito por mais uns segundos, ainda com aquele sorriso de quem tinha acabado de ganhar uma batalha só por conseguir bagunçar o cabelo dele. Mas aí… senti um olhar. Sabe quando você percebe que não tá sozinha, mesmo sem ouvir nada? Virei devagar e dei de cara com uma menina parada na porta da sala. Não reconheci. Nunca tinha visto antes. Ela tava ali, meio encostada no batente, cabelo solto, um pouco bagunçado, como quem acabou de acordar ou não teve tempo de se arrumar. O rosto dela… O rosto tinha um corte fino, avermelhado, atravessando a bochecha. Não era maquiagem, não era descuido. Aquilo era marc

