O JANTAR

1261 Words
Lana chegou ao apartamento com o coração acelerado e as mãos suando frio. Vestia um vestido vinho de tecido acetinado que marcava a cintura com elegância e caía em ondas suaves até os joelhos. O salto discreto e os cabelos presos em um coque baixo deixavam seu pescoço à mostra — exatamente como Patrick amava vê-la. Ao tocar a campainha, a porta se abriu antes mesmo de ela terminar o gesto. Patrick estava de camisa branca de linho, com as mangas dobradas, calça escura e o cabelo ainda úmido, como se tivesse acabado de sair do banho. — Você está... magnífica. — disse ele, com um brilho nos olhos e um sorriso sincero. — Obrigada. Você também está muito elegante. — ela respondeu, tentando não se atrapalhar com as palavras. O apartamento estava impecável. Velas discretas, trilha sonora instrumental de fundo, e uma mesa posta com porcelana delicada e talheres de prata. Um arranjo de lírios brancos e orquídeas no centro mostrava o cuidado nos detalhes. — Você fez tudo isso? — perguntou Lana, surpresa com o requinte. — Mandei trazer do Top of the Hub, aquele restaurante panorâmico famoso aqui de Boston. — explicou ele com um ar despreocupado. — Mas a ideia foi toda minha. Queria algo especial pra uma mulher especial. Lana sorriu, corando. — Patrick... isso é maravilhoso, mas... não precisava. — Precisava sim. — ele respondeu, aproximando-se. — Hoje é só o começo do que eu quero construir com você. E isso inclui gestos como esse... e muitos outros. Eles se sentaram e jantaram conversando sobre o trabalho, as últimas semanas, e rindo das mensagens trocadas com Louis e Harry. A tensão inicial foi se dissolvendo em olhares cúmplices e toques suaves de mãos por cima da mesa. jantar seguia com suavidade e encantamento. A conversa entre eles fluía como uma melodia calma, entre risos tímidos, olhares demorados e elogios discretos. Lana estava com as bochechas coradas, não apenas pelo vinho, mas pela maneira como Patrick a olhava — como se ela fosse a única mulher do mundo. Quando terminaram o prato principal, Patrick se levantou, caminhou até o aparador e voltou com uma caixinha aveludada nas mãos. Ele parecia mais sério, embora seus olhos mantivessem o mesmo brilho carinhoso de antes. — Antes da sobremesa... — disse ele, se sentando novamente diante dela. — Eu queria te entregar algo. Mas, mais do que um presente, é uma forma de te dizer o quanto você é especial pra mim, Lana. Ela arregalou levemente os olhos, curiosa. Patrick abriu a caixinha e revelou um delicado colar com um pingente em forma de coração entrelaçado com uma pequena pedra azul — a cor dos olhos dele. A joia era elegante e discreta, exatamente como Lana gostava. — Patrick... — murmurou ela, surpresa, tocando o colar com cuidado. — É lindo... — E representa o que eu sinto — continuou ele, com a voz firme. — Eu não quero que a gente fique apenas nesse estágio de namoro. Você é uma mulher pra casar, Lana. E eu quero construir algo real com você. Quando olho pra você, vejo o meu futuro. Lana sentiu um nó se formar em sua garganta. Os olhos dela se encheram de lágrimas, mas eram lágrimas de emoção. Ela não estava preparada para ouvir algo tão intenso, mas era tudo o que sonhava. — Eu nunca imaginei... — começou, mas a voz falhou. Patrick se levantou, contornou a mesa e se ajoelhou ao lado dela, pegando suas mãos. — Eu não tô te pedindo em casamento ainda, não hoje. Mas quero que saiba que é isso que eu desejo. Com você. Só com você. Ela o abraçou com força, emocionada, e sussurrou: — Eu também vejo um futuro com você, Patrick. Obrigada por me mostrar que o amor pode ser verdadeiro. Eles permaneceram assim por um instante, envolvidos por um sentimento que só crescia. Ao fundo, a música suave continuava tocando, enquanto o aroma da sobremesa se espalhava pelo ambiente. A noite prometia ainda mais... — Agora... que tal a sobremesa? — ele disse com um sorriso maroto, tentando quebrar o clima denso de emoção. — Só se você prometer que vai continuar me surpreendendo assim — respondeu ela, sorrindo através das lágrimas. — Sempre. — Patrick beijou sua testa com ternura. E naquele jantar, entre declarações e risos, dois corações decidiram caminhar juntos rumo ao que o destino tinha de mais belo reservado para eles. A música suave que preenchia o ambiente era de um piano antigo — notas que pareciam flutuar como promessas silenciosas. Quando Lana terminou a sobremesa, ainda com o olhar preso ao anel delicado que agora adornava seu dedo, Patrick se levantou lentamente da cadeira e estendeu a mão para ela. — Vem dançar comigo? — a voz dele saiu baixa, rouca, carregada de ternura e desejo. Ela hesitou por um segundo, mas aceitou. Os dedos dela deslizaram sobre os dele, e ele a guiou até o centro da sala, onde as luzes estavam mais suaves, refletidas apenas por velas e pela vista noturna da cidade por trás das cortinas abertas. A mão dele pousou na cintura dela, com reverência, como se tocasse algo sagrado. A outra, entrelaçada à dela, conduzia lentamente os passos. A música os envolveu, e por um instante o tempo parecia ter parado. — Você é a mulher mais linda que eu já vi, Lana... — ele murmurou, o rosto próximo ao dela. — Mas o que mais me fascina em você não é só o que vejo, é o que sinto quando estou ao seu lado. Ela mordeu o lábio inferior, com os olhos úmidos. Nunca ninguém havia falado com tanta verdade e profundidade. Os rostos se aproximaram. O beijo veio como o desabrochar de um botão de rosa: suave no início, depois cheio de calor. Quando ele aprofundou o beijo, Lana sentiu o corpo estremecer, e as mãos grandes dele envolveram seu rosto como se temessem que ela sumisse. Patrick a pegou no colo, sem esforço, com um olhar fixo nos olhos dela — pedindo permissão sem palavras. Ela apenas assentiu com um leve gesto, e ele a levou para o quarto. Ali, o clima se tornou etéreo. Ele a deitou na cama como se estivesse pousando um tesouro. A blusa dela caiu devagar, revelando os s***s fartos, que ele contemplou em silêncio por alguns segundos, encantado. — Você é uma arte viva, sussurrou ele, deslizando os dedos pelas curvas dela. — Feita à mão por Deus, moldada com desejo e ternura. Ela corou intensamente, cobrindo o rosto com as mãos. Ele sorriu, beijou seus dedos, e murmurou: — Não esconda de mim o que me faz perder o juízo. Os corpos se encontraram como se pertencessem um ao outro desde sempre. A entrega foi suave, intensa, repleta de carícias e palavras que não podiam ser ditas em voz alta. Ela era virgem, mas não recuou. Confiava nele. Patrick foi paciente, respeitoso, guiando cada movimento com o cuidado de quem ama. E quando a união finalmente aconteceu, os olhos dela se encheram de lágrimas — não de dor, mas de emoção. Ele a abraçou forte, como se prometesse silêncio, proteção e um futuro inteiro. Depois, deitados, ele a envolveu nos braços, traçando com os dedos os contornos da clavícula dela. — Lana... eu não quero só hoje. Eu quero acordar ao seu lado todos os dias da minha vida. Ela se aconchegou no peito dele, com o coração batendo acelerado, e respondeu num sussurro: — Nem nos meus sonhos eu imaginei algo tão perfeito.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD