›◞ TRÊS

1574 Words
— Eu já mandei me soltar, seu i****a! – Jeongguk ronsou, tentando soltar-se, enquanto o outro sequer parecia escutá-lo ou então só não estava nem aí mesmo, porque continuava a caminhar, o segurando firmemente. De onde aquele desgraçado tirava tanta força? — Seu maluco p********o, eu juro que se você não me soltar agora eu vo-ah! – arfou baixinho, se interrompeu quase que prontamente ao ser tirado de cima dos ombros alheios e posto no chão. O moreno piscou algumas vezes, os cabelos escurinhos um tanto bagunçados pela movimentação repentina. Rapidamente voltou o olhar confuso ao seu redor. Estavam num parque, Jeongguk o conhecia, de vez enquanto passava por ali, era um espaço verde no centro da cidade, bem arborizado e que àquela hora, com o sol prestes a se pôr, era lindo. Mas aquele definitivamente não era o foco. Se voltou ao de cabelos acinzentados, na defensiva, tomando sua barra de ferro das mãos dele. Taehyung ainda parecia um tanto afetado, com as respiração pesada e o rosto ruborizado, mas ainda assim sua expressão era séria. — Mas que tipo de maluco é você? – o mais baixo sibilou, enfezado. — Eu? Que tipo de maluco é você? – repetiu pergunta do outro, indignado. — Que d***a, você tem noção do quanto isso é perigoso? Você tá cio, garoto! E tem gente m*l intencionada por aí. Taehyung só conseguia pensar em como aquele garoto parecia não ter um pingo de noção e juízo. Nenhum ômega em sã consciência sairia na rua naquele estado por livre e espontânea vontade. Eles viviam numa sociedade infelizmente dominada por instintos. O acinzentado era completamente consciente do que era certo ou não, nunca faria nada de errado, nem com ele e nem com ninguém. E mesmo assim, mesmo que tivesse toda aquela noção, ainda se sentia entorpecido demais somente com a presença do outro naquele estado. E se fosse uma pessoa de m*l que estivesse com ele? E se...? O mais alto respirou fundo, deixando aquele pensamento de lado, frustrado. O menor encolheu os ombros diante da fala alheia, ainda que não tivesse sequer se movido do canto, o olhando de forma desafiadora. — Tipo os seus amiguinhos? Não vem com essa pra cima de mim. Eu sei dos perigos do mundo, eu conheço bem o seu tipinho e dos seus amigos. E acredite, eu sei me defender. Taehyung o olhou, arqueando uma sobrancelha, antes de respirar fundo, pedindo aos céus paciência. Estava completamente desacostumado aquele tipo de atitude direcionada a si. Na maioria das vezes as pessoas tinham o maior respeito, o admiravam ou até mesmo o temiam. Não que ele tivesse pedido qualquer coisa do tipo, mas eram coisas que vieram com o passar do tempo. Não lembrava de uma única vez que alguém o tivesse tratado de uma forma parecida. Tão respondão e atrevido, o olhando no olho, mesmo que pra isso tivesse que erguer um pouco a cabeça. O frustrava ao mesmo tempo que o intrigava. — Escuta... – respirou fundo, tentando ser o mais paciente possível. — Eu só estou sendo sensato. Você perceberia isso se parasse de ser tão agressivo. Olha só... – fez uma pequena pausa, retirando de dentro do próprio bolso uma espécie de bolsinha, pequena, e toda estampada, estendendo ao outro. Jeongguk encarou aquilo com a maior cara de tacho, antes de lentamente se voltar o rapaz, com a testa franzida. De todas as coisas estranhas que tinham acontecido naquele dia, aquela era a mais aleatória. Seu olhar era de confusão e intimamente se perguntava o porque de ainda não ter ido embora dali. O acinzentado acabou revirando os olhos meio impaciente, retirando o conteúdo de dentro da bolinha. — É um supressor, vê? – mostrando a seringa com o conteúdo transparente dentro. — É de alfa e o efeito em você não deve ser o mesmo de um mais adequado, mas deve servir por hora... O mais novo olhou aquilo por um momento. — Em toda minha vida nunca precisei disso. – voltou o olhar a ele lentamente. — Não é agora que vou precisar. Acha que eu não usar a p***a de um supressor é desculpa ser atacado? — Não foi isso que eu disse. — Claro. – bufou. — Sinceramente, não me interessa o que pensa. Não vou falar com você sobre isso e não aja como se fossemos amigos, porque não somos. Você me procurou porque queria brigar, então vamos, porque eu vim pra isso mesmo. Aquilo só podia ser brincadeira,era o que se passava na mente de Taehyung enquanto observava o moreno a sua frente. Uma situação dessas, e esse cara pensando numa briga que nem faz mais sentido. Era quase como lidar com uma criança. O maior negou com a cabeça, respirando fundo. — Olha, eu não vou brigar com você desse jeito. – murmurou,enfiando o medicamente na bolsinha novamente. — Pega e usa. E quando seu cio passar, se ainda quiser resolver algo comigo, é só me procurar. Não vou fugir nem nada assim. Jeongguk o olhou por instantes, e tinha tanta vontade de socar o rosto daquele garoto que nem sabia explicar. Também não soube explicar o porquê de momento seguinte ter tomado das mãos alheias a bolsinha que lhe era era estendida, mas o fizera. — Eu vou te procurar. E acho bom que não me invente mais desculpas, se fugir de novo não vai merecer nem a surra que vou te dar. – o menor resmungou, enfiando a bolsinha no bolso de qualquer jeito, não pretendia usar aquilo de toda forma. E logo em seguida deu meia volta, assim mesmo, como quem não quer nada, e seguiu pra longe de Taehyung. O mais velho soltou o ar lentamente, m*l conseguindo acreditar que ele havia mesmo aceitado enquanto o observava ir. Deveria acompanhá-lo para garantir que chegasse seguro em casa?... — E não ouse me seguir! – como se lesse seus pensamentos, o moreno decretou, em alto e bom tom, sem nem mesmo olhar para trás. E foi então que Taehyung suspirou, a observá-lo. Aquele garoto era problema.                               [Delicate] — Cheguei. A voz soou pelo interior da casa, enquanto Jeongguk fechava a porta atrás de si, retirando os sapatos e calçando seus chinelos. — Gukkie? – a voz calma e preocupada de seu pai surgiu no local, enquanto ele aparecia na porta da cozinha. — Nada de "Gukkie", Eunwoo. – não demorou muito até que seu outro pai tambem surgisse, ao lado do mais alto, visilmente mais irritado. — Eu não acredito que você saiu desse jeito de novo, Jeon Jeongguk. O então mencionado suspirou, fazendo um biquinho por baixo da máscara. — Fui resolver algo, mas 'to bem. – disse sem olhá-los, seguindo na direção do próprio quarto, a passadas um tanto rápidas. — E não me esperem pro jantar, eu estou cansado. O alfa e o ômega mais velhos trocaram um olhar preocupado, antes de seguirem o moreno com o olhar. — Ei, amor. – Eunwoo chamou, mas somente ouviu um "estou bem" proferido pelo filhote, em seguida vendo a porta do quarto alheio ser fechado. — Ele está estranho... — Está. – JaeMin concordou, suspirando. — Mais tarde vou falar com ele... O mais alto somente afirmou, abraçando o marido de lado, antes de beijar o topo de sua cabeça, o conduzindo em seguida a cozinha. Enquanto isso, em seu quarto, Jeongguk se encostava na porta assim que a fechava, fechado os olhos por um momento, enquanto erguia a mão e abaixava a máscara, revelando o rosto completamente corado. Mas que d***a tava acontecendo consigo? Com certeza nada bom. O menor soltou o ar lentamente, rapidamente jogando a sua inseparável barra de ferro para o lado e logo tratando de se livrar daquele casaco pesado que usava, assim com os sapatos, como se sua vida dependesse daquilo. Sentia-se quente. Muito quente. Mais do que lhe era normal sentir naquela época. — D-droga... – murmurou baixinho, assim que olhou pra baixo, instintivamente unindo as pernas, e grunhindo baixo, inquieto. Automaticamente adentrou a mão pequena dentro da própria roupa, tocando a ereção e apertando de leve. Estava completamente duro e molhado, sentia escorrer por sua entrada, e aquilo era frustante. Então tão... — H-hm... – mordeu de leve o lábio, antes de se livrar daquela calça i****a, a jogando pra perto do casaco. Observou as peças de roupa ali jogadas, e em seguida o pequeno tecido que escapava para fora do bolso do jeans, não demorando a engatinhar até a mesma e pegar a bolsinha colorida. — Maldito... – murmurou, observando o objeto enquanto se aproximava da cama que estava ali do lado, subindo na mesma, sentindo as pernas bambearem um pouco. Mas não demorou muito a deitar de lado, engolindo em seco. Sua mente estava tão enevoada, a quentura que sentia aumentando ainda mais ao aproximar o objeto do próprio rosto, aspirando de leve o cheiro marcante impregnado no mesmo, o líquido viscoso escorrendo ainda mais por suas pernas. — Mas até parece. – murmurou irritado, mesmo que a voz estivesse fraca, antes de atirar a bolsinha longe, respirando fundo e passando a mão nos fios escuros. Tinha que manter o foco. Não iria fazer aquilo, não quando rosto daquele mané estava na sua mente, não mesmo. Mas só estava acontecendo porque, mesmo m*l o conhecendo, já o detestava, claramente. Era isso, e só por isso. Fosse como fosse, era só mais um cio, e ele conseguiria enfrentar.
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