A princesa e o psicopata

3

- Jantar

Josie Saltzman

Desço as escadas até a sala de jantar do Kai, e ele ficou me encarando de uma maneira estranha. E logo após focou nós meus sapatos.

— Acho bom você ficar quietinho, eu não uso saltos. – Digo me sentando de frente para ele naquela gigantesca mesa. — Ah não ser claro, quando se tem um motivo.

— Fica uma graça de pantufas Josie. – Ele diz e parece se arrepender pelo o que saiu da sua boca. — Bem, tanto faz. Amanhã pedirei para sua criada ir comprar sapatos novos. 

— Minha criada? – Pergunto e ele assenti.

— Martha, venha aqui. – Ele diz e uma garota que aparentava ter uns 50 anos aparece. — Ela atenderá os seus pedidos, e claro, caso tenham a minha permissão. Ou seja, sem gracinhas.

— E o lance dos vestidos? – Pergunto incomodada por ter que usar essa coisa, incrivelmente linda, mas incrivelmente desconfortável. (Mídia) 

— Poderemos conversar sobre isso. – Ele diz. —Mas então, como está?

— Ah, tô ótima. – Digo Sarcástica. — Acabei de ser sequestrada pelo meu tio Psicopata, que matou minha mãe e nosso clã de malucos. E tenho que ser prisioneira, vestindo um vestido completamente desconfortável. Não Poderia estar melhor.

— Primeiro, estava perguntando sobre a comida. – Ele diz. — E segundo, pela milésima vez, você não é prisoneira! E isso não é um sequestro!

— Ah, se não sou prisioneiro posso ir embora quando eu quiser? – Pergunto.

— Não... – Ele resmunga e eu o encaro. — Tá, você pode. Mas pelo menos termine o jantar comigo, seria uma falta de respeito não acha?

— Tudo bem, mas assim que o jantar terminar. Eu vou para minha casa. – Digo e ele parece ter ficado encomodado. 

— Claro, mas é uma pena sabe. – Ele diz. — Ter que voltar pra essa vidinha chata, e procurar muito por um horologium, como uma maneira de acordar os seus amigos.

— O que é isso? Você sabe como acorda-los?

— Mas é claro que sei. – Ele diz convencido. — Andei te observando Jo, e decidi procurar aquilo que você queria. E encontrei, um Horologium é um relógio capaz de acordar tudo aquilo que dorme. Inclusive seu amigo pássaro. E posso te dá-lo, só precisa me pedir.

— Qual é o jogo Kai?

— Ah eu não estou... Tá, tá bom, eu estou sim jogando. – Ele diz divertido e eu o encaro seria esperando ele continuar. — Só existe um desses no mundo inteiro, e eu o tenho. Mas para consegui-lo, irá precisar fazer um mini sacrifício, mas bem pequenininho...

— Que seria?

— Terá que ficar aqui comigo. – Ele diz e eu me levanto negando.

— NÃO, definitivamente não!

— Escuta a proposta Princesa. – Ele diz e eu me sento. — Preciso de apenas 1 mês, um mês inteiro pra você ficar aqui comigo. E depois disso, será livre e poderá libertar seus amigos.

— Tem um porém aí Parker, desenbucha. – Digo já impaciente.

— Ah, não é nada demais. Mas quando isso tudo acabar, acredite amor. Você não vai querer voltar.