No quartel do BOPE, Mateus estava sentado em uma mesa, cercado por pilhas de documentos, fotografias e relatórios. Ele examinava tudo com cuidado, como se cada detalhe pudesse lhe dar a peça final do quebra-cabeça que tentava montar. Era uma missão pessoal, uma obsessão que o consumia há semanas: descobrir a verdadeira identidade do homem conhecido como Coringa, o suposto dono do morro da Rocinha, e entender como ele poderia estar conectado ao promotor de justiça Eduardo Coimbra. As informações sobre Coringa eram escassas, quase inexistentes. Mateus sabia que o sistema era falho, que o Brasil estava repleto de criminosos como Coringa, e que muitos deles operavam à margem do sistema, intocáveis por trás de redes de corrupção e medo. O morro da Rocinha, em particular, era considerado "sob c

