Possuindo Meu Alfa

Capítulo Dois

Elle POV

Descendo até a sala de jantar usando minha calça de moletom e camiseta de sempre, passo pelo Alfa, Beta e Gama enquanto eles vão para o escritório do Alfa para tratar dos assuntos da matilha. Aceno para os três e continuo até a sala de jantar, onde encontro Luna sentada em seu lugar habitual, tomando seu café e lendo o jornal. Com Damon fora no verão, fazemos a maioria das refeições juntas. Na maioria dos dias, o Alfa está ocupado demais sem ele por perto.

Eu sei que Luna Olivia sente falta de seu filho, mas seria mentira se eu dissesse que não estou aliviada com sua ausência. Minhas férias de verão oficialmente acabam amanhã e, quando Damon voltar, junto com Andrew e Matt, meu inferno programado voltará. Então, estou determinada a tornar este dia mágico, passando meu tempo lendo à beira da piscina, maratonando Bridgerton na Netflix e comendo o sorvete caseiro de rolo de canela feito por Helena.

"Bom dia, querida", diz Luna Olivia para mim, levantando os olhos do jornal.

"Bom dia, Luna", digo, oferecendo um sorriso caloroso enquanto me sento em meu lugar habitual. De repente, a porta da sala de jantar se abre e a Fêmea Beta e a Fêmea Gama entram e sentam nas cadeiras em que costumam se sentar quando jantam na casa da matilha.

"Bom dia, Luna e Elle", elas dizem em uníssono. Estão se sentando para se juntar a nós no café da manhã, o que acontece ocasionalmente, mas com mais frequência agora que seus filhos estão em treinamento com Damon. Eu sei que essas mulheres só visitam mais porque sentem falta de seus filhos, mas eu não sinto falta do d***o e seus demônios dançantes.

Nunca admitiria para ninguém nesta matilha, mas o verão inteiro sem eles e sem a escola tem sido um presente divino. A pior parte é que tive um tempo tão transformador e não terei nada para mostrar quando a escola começar novamente.

"Elle, você está animada para começarmos a escola amanhã?" pergunta a Fêmea Gama, Sam, com um sorriso doce nos lábios. Nunca entendi como todas essas mulheres adoráveis criaram filhos tão horríveis. Sério, é de enlouquecer, e eu ainda não consigo entender.

"Hmmm, honestamente, não estou muito animada para a escola começar amanhã." Olho para ela quando uma ideia brilhante me ocorre. Talvez eu possa usar a ausência do Damon para encerrar o verão com estilo.

"Oh, por quê?" pergunta a Fêmea Beta enquanto passa geleia em seu scone.

"Eu estava ocupada aproveitando o meu verão; nunca parei para perceber que já não sou mais a moleca que se mudou para cá há cinco anos. Deveria ter me preocupado em atualizar meu guarda-roupa em vez de pensar nisso no dia anterior ao início das aulas." Uma expressão envergonhada toma conta do meu rosto enquanto olho para a mesa, envergonhada, enquanto ficamos em silêncio.

Finalmente, Luna ri, "Ah, graças à Deusa, eu estava morrendo de vontade de jogar suas roupas fora desde o seu primeiro ano do ensino médio."

"O quê?" pergunto, completamente perplexa. Esse pequeno safado nos manipulou, a mim e à Luna, sem que soubéssemos. Eu pensei que ela tivesse concordado com as regras estúpidas do Damon.

"Elle, eu te amo como se fosse minha filha, mas sempre odiei seu guarda-roupa. Você é uma garota linda que se esconde debaixo dessas roupas folgadas", diz Luna, me dando um sorriso enquanto aponta para a roupa que estou vestindo.

"Por que nunca me disse nada antes?", pergunto a ela, minha voz soando irritada, mas não é direcionada a ela, e sim a mim mesma por acreditar em qualquer coisa que aquele i****a diz.

"Bem, eu nunca quis te dar complexo de imagem corporal tão nova. Seu conforto é mais importante do que ter o mesmo gosto que eu em roupas", diz Luna Olivia, me envolvendo em um abraço apertado. "Além disso, imaginei que você pediria quando quisesse uma atualização no seu guarda-roupa", Luna conclui, me abraçando mais uma vez antes de se sentar de volta na cadeira.

"Bem, então estou oficialmente pedindo uma transformação de estilo para você", digo, oferecendo meu sorriso mais brilhante para as três mulheres sentadas ao meu redor, fazendo-as gritar histéricas. Já sei que essas duas vão se juntar, pois pedi à Luna para me levar às compras. Elas são melhores amigas que fazem tudo juntas e adoram fazer compras; seus maridos têm os cartões de crédito desgastados para provar.

"Está decidido então; vamos às compras amanhã!" exclama a Luna, enquanto as outras batem palmas, tentando falar simultaneamente para fazer planos. Sua animação está me contagiando até eu me lembrar que amanhã é o primeiro dia de aula.

"Mas Luna, as aulas começam amanhã", tento explicar.

"Bobagem, querida, você é uma aluna nota A, e isso em aulas avançadas. Sua frequência é perfeita. Você pode se dar ao luxo de faltar um dia. Confie em mim, estou mais do que disposta a deixar você faltar à escola para finalmente poder fazer compras com você."

"É verdade, Elle", acrescenta a Gama Sam, "Você é praticamente um gênio. Quem mais poderia projetar o código de segurança da matilha? Você vai entrar em qualquer faculdade que quiser, e perder o primeiro dia de aula uma vez não vai afetar isso. Lembre-se, também é bom sair e se divertir. Você só tem essa idade uma vez."

"Ok", digo animada. "Mas eu tenho o poder final de veto, e as roupas precisam combinar com minha personalidade." Preciso estabelecer limites desde cedo com essas mulheres, ou elas vão passar por cima de mim. Quero roupas novas para expressar melhor quem eu sou como pessoa, não me reinventar completamente."Então, qual é o plano? Quando devemos sair para o shopping amanhã?" Pergunto a Luna e aos outros para que eu possa formular um plano da melhor maneira possível para evitar Damon. Ele estará de volta em algum momento esta noite. Provavelmente tarde, foi o que ouvi do Alfa enquanto eu entrava na sala de jantar esta manhã.

"NÃO vamos ao shopping local em nossa primeira viagem de compras juntos. Não, faremos isso direito e iremos para a cidade. É uma viagem de pouco mais de 3,5 horas daqui, e devemos sair cedo para evitar o trânsito. Além disso, queremos chegar cedo para ter o dia todo para fazer compras e voltar aqui em um horário decente para ver os meninos", Luna Olivia diz com convicção.

"Podemos almoçar na cidade! Eu li sobre alguns dos novos restaurantes que abriram na cidade e receberam críticas positivas. Três deles são de propriedade de lobos, e o dono de um é do meu antigo grupo, então vou tentar ligar para eles para ver se eles conseguem encaixar a gente", diz a Beta Ashley, tirando o telefone para fazer a ligação.

"Não, por favor, façam reservas no Gramercy tavern," Luna Olivia diz para Beta Ashley com um olhar que diz para não questionar. Ashley não questiona enquanto se afasta para fazer as reservas no restaurante solicitado. Mas o olhar de Ashley me disse que ela preferiria jantar em outro lugar.

Por quê?

"Deveríamos fazer pedicure e manicure enquanto estamos na cidade," Gamma Sam interrompe, tentando me distrair da estranheza daquela interação entre Olivia e Ashley, "isso não parece divertido?" Respondo com um simples sim, minha mente distraída pelo momento entre Ashley e nossa Luna.

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DESCONHECIDO POV

Em um escritório de carvalho, com estantes de livros alinhadas na parede de trás, um homem de meia-idade com cabelos pretos grisalhos está sentado em uma grande mesa preenchendo papéis, jazz suave tocando no toca-discos atrás dele quando o telefone começa a tocar.

"Alô", diz o homem com uma voz dura e rouca, como se fumasse um maço por dia, "como posso ajudar?" Não sente necessidade de se apresentar. Se a pessoa chegou até esse ponto, sabia com quem estava falando. Chame de arrogância, mas ele não sente necessidade de se apresentar.

"Senhor, é a Angela", diz uma mulher que ele sabe trabalhar no Gramercy Tavern porque a colocou lá; como Ômega, é seu dever fazer o que ele diz, independentemente do que ela deseje para si mesma. "Há algo que você precisa saber."

"Diga logo", ele diz, ficando entediado com as divagações dela, "não tenho o dia todo, sua v***a!" Seus rosnados a fazem se encolher, e seu lobo encontra prazer em sua fraqueza. "Só se você prometer nos deixar sair da alcateia eu e minha companheira. Queremos deixar a alcateia", ela responde mostrando um pouco de coragem pela primeira vez em anos.

"Por que eu faria isso?" O homem de meia-idade pergunta, sem convicção em satisfazer seus desejos.

"Porque eu sei onde está aquilo que você mais deseja no mundo. Se você não concordar, eu vou cortar minha própria garganta", a voz de Angela sai dura e implacável.

"Tudo bem", ele concorda a contragosto. "Me conte. Agora." Angela não perde tempo e conta a ele que a Luna da Nova Lua veio almoçar no taverna com suas principais fêmeas e uma adolescente. O homem não liga para isso, e era de conhecimento comum que Luna Olivia é uma mulher fútil e viciada em compras.

Não foi até Angela descrever a jovem adolescente que ele começou a se inclinar para trás em sua cadeira, interessado no que estava sendo dito.

"Essa garota, quantos anos você diria que ela tem?" O homem pergunta.

"Não mais do que dezoito", Angela responde. "E ela estará no baile de aniversário do Alfa Damon."

"E ela se parece com Cynthia?" O homem pergunta.

"É a imagem perfeita da nossa Lu-", mas o rosnado do homem a faz parar de repente, percebendo o quanto ela errou. "Aquela v***a não é mais sua Luna. Se lembre disso. Esteja fora do território. Amanhã de manhã ao amanhecer, você pode pegar seu companheiro." O homem rosna antes de desligar o telefone.

Chamando seu Beta e o herdeiro do Beta para o escritório, ele olha para eles, um sorriso alegre em seu rosto, animado com a notícia que acabara de receber.

"Levem o Ômega Edward Fisher até a fronteira ao amanhecer quando virem sua companheira Angela aparecer para levá-lo embora, matem-no na frente dela e então a matem", ele ordena.

"Sim, Alfa", ambos respondem, com expressão impassível e nenhum surpresa diante do pedido.

"Então liguem para o meu genro favorito de volta", diz o homem, servindo um copo de uísque, sem se incomodar em servir mais do que um para si mesmo. "Tenho um novo lugar para ele visitar." O homem termina tomando um grande gole de sua bebida.

A coisa que ele mais cobiça está ao seu alcance, e não vai demorar muito para ele ter tudo o que um dia pertenceu ao seu maior inimigo.