POV. Dante O suor ainda escorria pelas minhas têmporas. Cada imagem do sonho grudada na minha pele como maldição. O gosto do sangue dela ainda na língua. O grito da minha morte ainda preso na garganta. Precisei de algo pra calar aquilo. Então soco. Soco. Soco. O saco de areia balançava como se também apanhasse da raiva que vinha de dentro. Dos instintos. Do lobo. "Ela gemeu o nosso nome." Ignorei. "E riu enquanto matava a gente." O saco se rompeu no canto. Grãos começaram a vazar como se até ele estivesse sangrando. — Vai m***r o saco ou só deixar ele se decompor aos poucos? — A voz surgiu atrás de mim. Girei o rosto, ofegante. Era um dos instrutores. Alto, com o emblema da Academia bordado no peito e olhos que já tinham visto muita guerra. — Tá descontando o cio m*l resolvi

