Não me deixaram ficar muito tempo em Paris, no segundo dia que estava lá sem minha mamma, tia Emma falou que era para mim retornar. Acho que minha mãe queria um tempo à sóis para xingar o Reinier. Todos sabem que o " Olhos da Morte" é meu pai, mas dona Aurora quando está brava coloca medo nele e em tio Rocco juntos.
Tenho muito dó de Anya, ela sempre foi amável bem diferente de Damon, e era perceptível para todos a paixão dela por meu fratello. Olha, Reinier é meu irmão, mas estou totalmente do lado dela, Anya não merecia ser usada por ele.
Por isso quero ter minha primeira vez com o Oli, ele é a pessoa que mais confio, e tenho certeza que terá cuidado comigo. Mamma sempre me explicou sobre sexo*, ela falava que educação s****l* era importante, e um frase dela ficou gravada na minha cabeça, " a primeira vez da mulher é muito superestimada, as vezes não é tudo isso que as mulheres idealizam."
Claro que toda regra tem sua excessão, por isso escolho o Oli. Não tem homem mais cuidadoso e gentil que ele, tanto que é conhecido como "Príncipe de Paris".
Quando chego em casa não encontro ninguém, vou até o jardim e encontro Sophie cuidando das flores. Ela sempre foi apaixonada por plantas, por isso meu pais fizeram uma estufa somente para ela, além do jardim.
— Sophie.— A chama.
— Não vi você chegar.— Ela tiras as luvas e me abraça.— Como foi a estadia em Paris?
— Muito boa, Leo e Ben disseram que era para você ir junto da próxima vez.— Sentamos na sombra de um salgueiro.— E como está as coisas por aqui?
— Se está se referindo ao Reinier, mamma ainda não matou ele, mas acho que vontade não falta.— Coloco uma mecha cacheada atrás da orelha da minha irmã.— A briga do fratello e do Damon foi muito feia?
— Eu não assisti, mas o Oli estava lá e pelo que me contou nosso irmão só apanhou, nem reagiu.
— Não sou a favor da violência, mas...
— Reinier mereceu.— Completo.— Oli falou que foi difícil tirar o Damon de cima do nosso irmão, por sorte tia Ava chegou e separou a briga.
— O Damon é muito assustador.— Sophie se encolhe ao dizer isso.
Minha irmãzinha tinha um pouco de medo do Damon, não que ele tivesse feito algo para ela, só que Damon era intimidador por ele só.
— Ele tem o olhar de um predador, mas não podemos negar que ele é o maior gato.
— Damon? Gato?
— Vai me dizer que não acho o Damon bonito, fiore?
— Eu acho a Anya linda e como Damon tem as mesmas características dela, acho que não posso dizer que ele é feio.
— Damon é gostoso.— Pisco para Sophie.
Ela começa a rir.
— Sempre pensei que achava o Oli mais bonito. E que curtia caras gentis e cavalheiros.
— E acho, Oli é um verdadeiro príncipe mas não posso negar a beleza do Damon.
— Se você diz...
— Vamos fazer assim, eu fico com o Oli e você com o Damon.— Provoco.
— Pode ficar com os dois, eu fora com o Damon, e pra encerrar a história nem de homem eu gosto.
Solto uma gargalhada.
— Ahhhh, Sophie, você conhece o Damon desde criança, não precisa fugir dele igual o d***o da cruz.
— Sei disso, só que ele não deixa de ser assustador.
— Está bem, vou parar de te perturbar.— A abraço.— Agora vamos subir, quero tomar um banho.
Se você não saber, nunca irá dizer que Sophie não é minha irmã de sangue, vejo muito da mamma nela. Tanto no modo de se vestir que ela se inspira em nossa mãe, como nos cabelos escuros e pele pálida, sem falar a personalidade, na verdade Sophie é mais calma. Mamma quando está brava é o cão. Até os cabelos curtos ele usa igual, a única diferença é que Sophie tem os cabelos cacheados.
Eu sou igual ao pappa, cabelos loiros e olhos azuis. Reinier já é uma mistura de nossos pais, tendo o cabelo escuro de nossa mãe e os olhos do pai, mas o físico é todo do pai. Pappa tem mais de dois metros de altura, e meu irmão é apenas alguns centímetros menor, e os dois são grandes, parecendo uma parede de músculos.
Tomo um banho, e na hora do jantar todos estão reunidos, menos Reinier, isso é bem esquisito já que hoje é uma das noites que mamma vai para a cozinha, nessas noite meu irmão vinha jantar em casa. As coisas estão sérias de verdade, enquanto ajudamos ela no prepara da comida, dona Aurora m*l disse uma palavra.
Na mesa o silêncio continuo, pappa olha para mim e Sophie como se pedisse ajuda. Ele quer que nós melhoremos o clima.
— Mamma, sei que é um assunto delicado, mas a senhora conversou com tia Ava?— Não gosto de rodeios.
— Conversei.— Diz apenas.
— E o que ela falou?— Pappa pergunta.
— O que esperava que ela falasse que ia invadir a Itália e arrancar o coração do nosso filho? Mesmo sabendo que lá no fundo ela tenha vontade disso, Ava é uma mulher adulta, sabe que não podemos controlar os jovens.— Mamma larga os talheres e suspira.— Estou muito decepcionada com o Reinier, tudo que sempre falei para ter cuidados com os sentimentos das pessoas...— Os olhos dela param em nosso pai.— Nem vou dizer que não sei a quem ele puxou.
Papai engole em seco.
— Ainda mais com a filha da tia Ava, é assinar seu atestado de óbito.— Digo.
— A maior sorte do nosso irmão é ser filho de quem é.— Sophie completa.— Acho que as duas pessoas que ganham um colher de chá da família Wallerius é a mamma ou a tia Emma.
— Por que o Reinier não podia ser igual o Oli, ele é incapaz de brincar com os sentimentos de alguém.— Mamma toma um grande gole de vinho.— Por isso Deus me deu apenas um filho homem, se tivesse três igual a Emma ia a loucura.
— O Oliver pode ser educado e cortês, mas não deixa de ser um mafioso, e não esqueçam que com aquela cara de boazinha Emma é o maior torturador de todas as máfias.— Papai pontua.
— Isso não deixa de ser verdade.— Digo.
— Só me preocupa toda essa situação, Reinier é o próximo Dom e um dos nossos maiores aliados são os Wallerius, podem usar isso para nos atacar. Sem falar que esse bambino tem que aprender a pensar antes de agir.— Mamma fala.
Dava para ver como nossa mãe estava chateada, acho que ela se colocava no lugar de tia Ava, ninguém vai gostar quando alguém quebra o coração de sua filha.
— Eles são amigos desde criança, vão se acertar com o tempo.— Sophie diz.
— Assim espero.— Mamma massageia as têmporas.
Após o jantar, eu e Sophie ficamos limpando a louça. Querendo ou não toda essa história ficou na minha cabeça, Anya parecia desolado, no pouco que conversei com ela não parecia mais a mesma pessoa.
Será fácil assim de matar o amor?
— Sabe, eu sempre pensei que Anya e Reinier iam casar.— Sophie diz do nada.
— Por Anya ser apaixonada por ele?— Pergunto.
— Não, acho que os dois ficam bem juntos.
— Daqui alguns anos, vão começar a aparecer as pretendentes para o Reinier, mesmo nossa máfia não fazendo mais acordo de casamento. Afinal, ele é o próximo Dom.
— Tentar não custa nada.— Sophie termina de lavar a louça.— Sorte de quem casar com o Oli... já terminei, vou indo.
Sophie saí da cozinha.
Oli casado... nunca imaginei isso.
Oli é meu melhor amigo não consigo imaginar ele com outra mulher, teria muito ciúmes.
*Me siga no i********: @ange.pontes