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906 Words
Amarildo Narrando Eu olho de longe aquela mulher com a máscara dourada em seu rosto, um vestido preto com brilho, um decote em seus s***s e o batom vermelho em sua boca, e fico pensando que ousadia em falar dos meus convidados da aquela forma. - Vitor – eu chamo ele e ele se aproxima de mim. - O que foi? – ele pergunta. - Você conhece aquela mulher? – eu pergunto. - Difícil saber quem é, ela está de máscara – ele fala me olhando. – Por acaso posso saber o interesse? Quer levar ela para sua casa? – ele diz rindo. Paola se aproxima de nós, bem na hora que eu iria responder Victor. - Olá – ela fala. - Me reconheceu? – eu falo brincando para ela. -Eu te reconheceria de qualquer forma meu amor – ela fala sorrindo. -Não sou mais seu amor – eu respondo para ela – você me deixou, lembra? -Não acredito que você ainda está magoado com isso – ela diz arrumando a minha gravata borboleta – achei que você já tinha separado o fim do nosso casamento. - Jamais vou superar o fim do nosso casamento, ainda mais com uma bela mulher como você – Ela sorri. - Estou curiosa para saber o grande segredo da família Ferraz – ela fala me olhando. - Todos estão – eu falo – você não é a única. - Tenho certeza de que você vai nos surpreender – ela fala me olhando. - Você nem imagina como – eu falo para ela que me encara sorrindo e balança a cabeça. - Eu já volto – ela fala sorrindo e se afasta. - Está quase na hora – Vitor Hugo fala e eu procuro com os meus olhos aquela mulher da máscara dourada, mas não consigo a encontrar – Amarildo – ele diz chamando a minha atenção. - Sim- eu falo para ela. - Você precisa subir ao palco, esqueceu? – Ele pergunta. - Estou indo querido irmão – eu falo para ele. Era eu e Vitor Hugo apenas, um pelo outro, perdemos nossos pais ainda adolescentes e eu tenho certeza de que tinha sido por causa da tentativa de revelarem o nosso segredo. Eu precisava levar tudo isso na brincadeira essa noite, mas depois Pierre iria ter que se ver comigo. - Boa noite – eu falo com o microfone na mão e com Vitor Hugo ao meu lado. – Quero agradecer a todos pela presença nesse evento maravilhoso e sei que todos estão curiosos para saber o grande segredo da família Ferraz, mas – Eu olho para meu tio – gostaria de chamar o responsável por esse evento acontecer, por favor tio, aplausos para Pierre Ferraz – todo mundo olha para ele que obriga ele a subir. Fotógrafos ficam em frente ao palco, com câmeras e celulares. - Por que me chamou aqui? – meu tio fala baixo, eu tiro o microfone de perto e o encaro. -Sorria, se diverte e assiste o espetáculo que o senhor mesmo criou – eu falo para ele. - Eu gostaria de anunciar o nosso segredo em forma de um vídeo e de uma campanha muito divertida - eu falo para todos, abaixo o microfone e me aproximo do meu tio. - Que palhaçada é essa? – ele pergunta. - A minha nova campanha publicitaria em cima do segredo que o senhor queria tanto revelar – ele me olha – muito obrigada tio, eu precisava mesmo de um pouco de holofotes e mídia – eu sorrio para ele – porque você não acompanha Victor para uma conversa, você e ele. -Vamos tio, nós temos muito que conversar – Vitor Hugo fala para ele. Todo mundo assiste o vídeo da campanha e eu assisto a reação de todos pelo palco, procuro com os olhos aquela mulher e encontro ela no final de todos me encarando, ela parecia uma mulher misteriosa e de poucas palavras. - Agradeço á todos pela presença mais uma vez e a partir de agora nós temos mais uma filial na Itália – Eu falo para todos – Empresários italianos, por favor marque o seu horário, estamos à disposição. Fiquem á v*****e e aproveitem á festa. Eu saio em direção aquela mulher, mas Paola me para no meio do caminho. - É sério isso? – ela diz rindo – você é perfeito, fez de um limão uma limonada. -Você realmente achou que tinha um segredo Paola? – ela me encara desconfiada. – Fomos casados durante cinco anos. - Você é um homem de grandes mistérios – ela fala – estou mentindo? Até hoje tento descobrir a aonde você ia todas as quintas á noite e domingo de manhã. - Da mesma forma que você tinha suas idas á shopping e manicure, eu também tinha os meus passa tempo – eu falo sorrindo para ela – Mas não se preocupe enquanto eu era casado com você, você era única – ela sorri e eu tento procurar com os olhos aquela mulher da máscara dourada. - Você gosta de fazer piadas – ela fala. - Eu preciso procurar uma pessoa – eu falo para ela. - Fique à v*****e – ela diz me encarando. Mais uma vez eu tinha perdido aquela mulher no meio do evento e eu não sei por que eu queria tanto a encontrar. - Você aceita ume bebida? – Eu assinto e pego a taça da mão do garçom.
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