Anália Voamos de helicóptero. Nunca havia estado em um antes, e, honestamente, pensei que o medo me dominaria. Mas não foi o que aconteceu. Meu pavor só surgiu quando o helicóptero pousou em um lugar que eu não reconhecia, um lugar que parecia outro mundo. O topo de um prédio alto, cercado por luzes e silêncio opressor. Nicoll – ou Krampus, como ele insistia em ser chamado – estendeu a mão para mim. Eu hesitei, mas sabia que recusar não era uma opção. Peguei a mão dele, quente e firme, e saímos dali juntos. — Krampus... — chamei, minha voz baixa e trêmula. Ele olhou para mim, seu rosto impassível. — Estou apavorada. Pode ser um pouco gentil? Ele arqueou uma sobrancelha, como se a palavra “gentil” fosse um conceito completamente alienígena para ele. — Não faço nem ideia do que isso se

