Danny Narrando
Meu coração acelerava, mas não é medo. É ódio, é raiva por ele achar que podia me dobrar na marra. Entrei no cômodo escuro, o chão gelado sob meus pés, e o ar parecia pesado demais. Quando a luz se acendeu, meus olhos percorreram as duas mesas: armas espalhadas, instrumentos de tortura, correntes, facas afiadas. Um cenário de terror.
— Você não tá pensando em fazer o que eu tô imaginando, né? — perguntei, sentindo meu corpo inteiro estremecer, mas mantendo a firmeza na voz.
Lucca veio na minha direção com aquele olhar de quem já tinha o jogo ganho. Segurou meu pescoço com firmeza, aproximando a boca do meu ouvido.
— Pensasse antes de achar que podia dar um passo em falso sem eu saber — sussurrou, com a respiração quente me queimando a pele.
Ele virou o rosto, me encara
