Patrícia Narrando Tem hora que eu me pego tentando ser forte, bancando a calma, mas por dentro eu tô me corroendo. Eu sei… eu sinto… tem alguma coisa acontecendo com a minha mãe. Não é paranoia, não é drama, é aquele aperto no peito que não solta, aquele frio no estômago que não deixa a gente respirar direito. Pedi pra um parceiro nosso rastrear um pingente que o papai deu pra ela há anos, e desde então eu tô numa ansiedade daquelas, com vontade de pegar o telefone e ligar a cada cinco minutos. Só que ele pediu pra eu esperar, disse que, assim que tivesse algo concreto, vinha pessoalmente até o morro. E isso só aumenta a minha agonia, porque o morro foi invadido, os meninos comentaram que o Salgueiro também foi batido… e eu falei pra ele que a casa onde minha mãe tava tinha sido invadida

