Thor Narrando
O bagulho ficou sinistro, ela chegou de vestido branco colado, salto alto e aquele perfume que queimava meu nariz e minha mente. É só mais uma festa do comando, mas quando ela passou... esquece. Foi ai que tudo mudou.
Eu como meus dezoito. Tô começando a me envolver nos corres com os caras grandes, aprendendo como se joga o jogo. Mas nesse dia... nesse dia eu não consegui pensar em mais nada. Só nela.
Danyelle Gazziero. A mãe do meu melhor amigo. Casada com um dos nossos aliados. Mulher fina, poderosa, dona de uma marra que só vendo. Mas eu vi também o jeito que ela me olha. E vi o jeito que tenta não olhar de novo.
Tá todo mundo no salão principal da casa do Morcegão, a festa rolando solta, os canas comprados bebendo com a gente, mulher pra tudo que é lado, funk estourando na caixa de som. Mas minha mente travou nela. Na pørra vestido branco agarrado no corpo, no salto fino que fazia ela andar como se tivesse dono do mundo.
Eu encostei no canto, copo na mão, só observando. E quando ela passou perto, eu cheguei. Sem neurose, na manha. Só com o olhar.
– Tá linda, Dona Danyelle. – falei, com um sorrisinho safado no canto da boca.
Ela virou devagar, me encarando com aqueles olhos claros que pareciam raio-x.
– Obrigada, Thor. Você tá um homem... – respondeu, mas parou no meio da frase. Como se tivesse percebido o perigo do que ia dizer.
– Completa, pô. – provoquei, dando um passo na direção dela. – Tô um homem o quê? Gostoso? Delícia? Tentação?
Ela sorriu de canto, nervosa. Olhou pro lado, o marido tava no outro canto do salão, conversando com uns aliados do tráfico. Mas o olhar dela voltou pra mim. A respiração tava acelerada. O peito subindo e descendo. Eu notei. Eu senti.
– Thor, não brinca com isso... – ela sussurrou.
– Quem disse que eu tô brincando? Desde a primeira vez que te vi com aquele shortinho jeans e blusa amarrada no quintal, eu soube que você ia ser meu problema.
Ela arregalou os olhos.
– Isso tem anos...
– E nada mudou. Aliás, mudou sim. Agora eu tô crescido. Já não sou mais o moleque que jogava FIFA com teu filho. Agora eu comando, eu dou ordem. E eu escolho o que quero.
Ela ficou sem palavras. Eu cheguei mais perto. Senti o perfume dela bater no meu peito.
– Tu acha que eu não te percebo? Que não noto quando tu me evita? Mas teu olhar me chama. Teu corpo também.
Ela deu um passo pra trás, nervosa. Mas não saiu. Ficou.
– Meu marido tá ali, Thor...
– E daí? Ele pode ter o papel, mas o desejo é meu. – falei baixinho, perto do ouvido dela.
E naquele salão lotado de poder, droga, música e fogo... nasceu o primeiro pecado.
E eu prometi pra mim mesmo: um dia, essa mulher ia ser minha. Nem que fosse no inferno.
Ela virou de costas, tentando sair pela lateral do salão, mas eu fui atrás. Nem pensei. Só fui.
O jeito que o vestido colava na b***a dela, o salto fazendo aquele “toc toc” no chão... mano, era tortura. E eu, feito um maluco, seguindo ela com o copo tremendo na mão, mas a marra firme no rosto.
Encostei na parede, olhando ela conversar com uma das esposas dos aliados. Mas não ouvia nada. Só conseguia ver. E desejar.
Ela mexia no cabelo, dava risada, mas de vez em quando... olhava pra mim. Disfarçada. Rápida. Mas olhava. E o olhar dela me comia vivo.
Um dos cria do morro se aproximou com duas minas querendo dançar, me oferecendo copo, rindo, falando merdä. Mas eu nem reagi. Só mandei um “fala depois” e continuei com o foco nela.
Quando ela virou de novo e me pegou encarando, ficou sem ação. Eu aproveitei. Andei até ela, encostei de leve na cintura, como quem cumprimenta, mas deixei meus dedos marcarem.
Ela se arrepiou.
– Tu sabe que tá me torturando, né? – murmurei no ouvido dela, a voz rouca, cheia de vontade.
– Você tá ficando doido... – ela tentou manter o controle, mas a respiração dela já entregava tudo.
– Não tô. Só tô cansado de fingir. Tu acha que eu não reparei nas pernas cruzadas toda vez que eu chegava na tua casa? No decote bem pensado? No cabelo solto só quando eu tava por perto?
Ela me empurrou de leve com a mão na minha barriga, mas nem força tinha.
– Você é moleque...
– Eu sou homem, Danyelle. E tu sabe. Tu sente.
Ela mordeu o lábio de novo. Aquilo já tava me deixando maluco. Eu cheguei mais perto, encurralando ela entre mim e a parede, num canto mais escuro do salão, longe dos olhares diretos, mas ainda assim expostos.
– Se eu te beijar agora, o que tu faz?
Ela tremeu.
– Não vai fazer isso...
– Mas se eu fizer... cê vai me impedir?
O silêncio dela foi a resposta mais perigosa que eu podia ter.
Minha mão subiu pela lateral do corpo dela, sentindo a seda do vestido. O quadril dela encostou no meu. E ela sentiu. Sentiu o quanto eu tava duro, o quanto aquele corpo me deixava fora de mim.
Ela fechou os olhos.
– Isso tá errado... muito errado...
– Errado é eu fingir que não quero. Errado é tu mentir pra tu mesma.
Minhas mãos subiram, pararam na nuca dela, e mesmo sem beijar, minha boca já tava colada na dela. O cheiro, o calor, a tensão... tudo entre a gente era fogo. Fome. Proibição. Prazer contido.
Ela abriu os olhos devagar e sussurrou:
– Meu marido tá ali...
– Que se føda ele. Tu é minha desde o dia que te vi na varanda, acendendo cigarro de salto alto e shortinho rasgado. Tu só não sabia ainda.
Ela segurou minha nuca. Fingiu afastar. Mas puxou de volta. O nariz dela roçou no meu. A respiração batendo forte. A pele arrepiada.
E antes que qualquer coisa acontecesse... alguém chamou o nome dela no microfone.
Ela se afastou num pulo. Me olhou assustada.
Mas era tarde demais..... A linha tinha sido cruzada.
A Danyelle se afastou, meio trêmula, com o olhar ainda grudado em mim. Eu fiquei parado, respirando fundo, tentando baixar a adrenalina que tava explodindo no meu peito. Mas era føda… ela mexia comigo de um jeito que nenhuma outra mexia.
– Qual foi, irmão? Tá suave? – escutei a voz do Pinscher do meu lado.
Dei uma puxada no ar, tentando disfarçar o fogo que ainda queimava.
– Tô, pô. Suave. Só observando o movimento.
Ele chegou mais perto com aquele jeitinho todo agitado dele, rindo e falando rápido.
– A Kailane e a Jennifer tão dando maior mole lá na área da piscina. Só não entendi por que cê ainda não colou…
– A Kailane já tá na minha, tem mó cota. Desde que eu saí do morro, ela falou que ia brotar hoje. — Respondi seco com aquele sorriso de canto.
– Ihhh, então tu já tá na contenção, né? – ele riu. – Papo reto, vou meter a vara na Jennifer. Mas não tô afim de suruba não, viadø. Não vou ficar com as duas, não.
Eu dei uma risada leve.
– Se vira, viadø. Vai lá, dá teu pulo, cria.
Ele foi se afastando, mas antes de sair, virou com aquele olhar de interrogação.
– Tu tava de olho em alguém, né? Quem era? Vi teu olhar fixo. — Perguntou com a testa franzida.
Na hora, me ajeitei, botei o copo na boca só pra desviar o foco. O olhar já tinha voltado pra Danyelle, que conversava com uma das fiéis da velha guarda, rindo de leve, mas com o olho rodando, sabendo que eu ainda tava por perto.
– Nada, pô. Só tavam trocando ideia, tava ouvindo só. – menti, sem nem piscar.
O Pinscher olhou na direção, viu a mãe dele e depois me encarou de novo, meio sem entender. Mas não falou nada. Foi andando até a piscina.
Mais tarde, quando a festa já tinha dado uma esfriada e o marido dela foi chamado lá fora pra resolver algum papo de “entrega” com os caras da Serrinha, eu vi minha chance.
Danyelle passou pelo corredor perto da sala de visita, onde uma das portas tava entreaberta. Caminhei rápido, peguei pela mão com firmeza, mas sem violência.
– Vem cá rapidinho, sem escândalo. – falei baixo, puxando ela pra dentro.
Antes que ela falasse qualquer coisa, fechei a porta, travei a mão no trinco e prensei ela na parede.
O corpo dela colou no meu, e sem dar espaço pra fuga, encostei minha boca na dela e beijei.
Um beijo quente, urgente, cheio de anos acumulados em silêncio.
Ela ficou sem reação. Só respirava forte, rendida. Minhas mãos desceram pra cintura, puxando mais. A língua dela encontrou a minha. E ali… não existia mais culpa.
Só desejo.
Ela afastou a boca da minha, ofegante, com os olhos arregalados, como se tivesse acordado de um transe. Levantou a mão com tudo pra estalar na minha cara, mas eu fui mais rápido. Segurei o pulso dela no ar, firme.
– Nem tenta, Danyelle...
– Nunca mais faz isso, Thor! – ela cuspiu as palavras, tremendo. – Você sabe que eu sou casada!
Fiquei olhando pra ela, ainda com o gosto da boca dela na minha.
– Casada tu é no papel. Mas tua alma... tua alma sempre gritou por mim.
– Você tá maluco...
– Não tô, não. Tu sempre foi meu desejo, desde pivete. Tu é desejo de cria, pô. E cria quando quer, não esquece. Só espera a hora certa. Eu vou esperar, anota aí.
Ela engoliu seco. O silêncio dela falava mais do que qualquer grito.
Danyelle mordeu o lábio inferior, tremendo de leve. Eu vi que ela tá tão ferrada quanto eu.
Continua.....
🔥 RECADINHO DA AUTORA 🔥
Essa histórïa nasceu de um dos meus CONTO ERÓTICØS... mas cresceu, pegou fogo e virou uma obsessão.
Se você ama um romance proibido, cheio de tesãø e várias reviravoltas, então esse livrø é seu lugar.
Aqui você vai encontrar: poder, segredos, paixão madura, desejo incontrolável e um amor que desafia o impossível.
Vamos viver essa aventura?
De uma humilde autora pra você, leitora que ama ler.
Te espero nas próximas páginas.
AVISO LEGAL
Esta obra é fruto da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, lugares ou situações reais é mera coincidência.
🚫 Proibido para menores de 18 anos.
Contém cenas de viølência, sexø e linguagem imprópria.
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Com carinho (e um toque de safadeza), JM MARTINS.