Danyele narrando Sentada na recepção da clínica, eu respirava fundo tentando manter a calma. Mas antes mesmo de encostar no balcão, uma enfermeira já veio direto na minha direção com um sorriso treinado. — Senhora Genovese, o doutor já pediu para encaminhar vocês direto à sala. Não precisam aguardar. Antes que eu pudesse responder, Lucca já soltou, cheio da marra dele: — Mulher minha não fica esperando. — segurou minha mão com força, como se precisasse lembrar ao mundo inteiro que ele manda até no meu respirar. Caminhei ao lado dele, mas por dentro eu só sentia peso. Cada passo era como se lembrasse dos anos que perdi desde que meu marido morreu, desde que precisei largar tudo e vir pra Itália, desde que a minha vida deixou de ser minha. Dentro do consultório, a médica nos recebeu de

