Meu amigo de Pelúcia

-Em busca da verdade:

Eu estava assustada, tudo estava acontecendo de forma muito rápida e não sabia em quem confiar mais ou como deveria reagir aquilo, novas perguntas surgiram na minha cabeça e eu não tinha coragem de voltar para pergunta-las. Dentro da bolsa era escuro e aconchegante mas minhas perguntas não encontrariam respostas se continua-se ali.

-Lili:-Eu não quero ir para fora, não quero...Eu tenho!

Tremendo abri novamente a mochila e observei lentamente ao meu redor, estava escuro mas não parecia que haviam me seguido. Feito isso delicadamente sai da mochila e fui me afastando lentamente dela.

-Lili:-Claudete..Claudete...Você ainda está aqui?

-Luana:-Olha quem voltou a coelhinha medrosa!

-Lili:-Aaaaahhh!!!

-Claudete:- Não precisa ter meso dela Lili, ela está apenas tentando te assustar a Luana faz isso com todos os brinquedos reencarnados novatos que chegam aqui.

(Essa Luana ela é tão chata, pra quê assustar os outros assim, que babaquise eu adoraria falar isso na cara dela). Bom foi o que pensei mas não foi o que fiz.

-Lili:-Mas Claudete você disse que ela era uns dos brinquedos ruins.

-Luana:-E a Claudete não mentiu, eu realmente sou um dos brinquedos ruins daqui. Sabe o motivo de termos morrido? Foi por minha causa, eu matei a nós duas.

Assim que ela terminou de falar eu me afastei dela lentamente.

-Claudete:-Para com isso! Vai assusta-la!

-Lili:-Desculpa ter corrido mas estou área assustada, eu não consigo entender o que está acontecendo nesse lugar e nem como vocês podem andar e falar sem uma criança?

-Claudete:- É um pouco complicado, nós duas já tivemos inumeras crianças e acumulamos energias de todas elas, e nossa memória se manteve mesmo durante todo esse tempo por causa do motivo da nossa morte. Como a Luana disse ela nos matou e por essa ligação tão forte a outra vida nos duas cobseguimos manter nossa identidade.

-Luana:-Mas infelizmente não é assim para todos, o afeto de uma criança é o que mantém um reencarnado vivo mas também é o que o faz se perder esquecendo do seu verdadeiro eu. Conforme o tempo passa e o afeto das crianças diminui paramos de andar e por ai vai até nos tornarmos apenas pelúcias comuns sem alma.

(Isso é r**m então se o Miguel para de me amar eu vou morrer, ter minha segunda morte!?).

-Lili:-Mas o que eu fasso para impedir isso?

-Claudete:-Infelizmente não temos nada para fazer contra isso, agora minha cara coelhinha deveria voltar a mochila da sua criança se não amanhã quando ele vir buscar a mochile você pode acabar ficando para trás.

Admito que não era o tipo de resposta que eu queria ouvir no fim acabei ficando mais deprimida ainda, o que me resta agora era esperar até minha segunda morte. Agora sabia de meu tragico destino, onde esqueceria pouco a pouco de quem eu sou até pararde me mover voltando para o inicio, quando só podia onservar e falar, aos poucos eu também perderia a fala só podendo observar e no fim me tornaria realmente um objeto descartavel sem emoções e sentimentos. Ao voltar a mochila Claudete e Luana ficaram conversando entre si:

-Luana:-Você é sempre muito boazinha com pessoas que nem ao menos conhece Claudete.

-Claudete:-E você é sempre muito agreciva o que você queria fazer com ela Luana? Você sabe que não pode agir por impulso não sabe, tudo o que você faz me deixa responsável e esse é um fato que levo mesmo depois da minha morte. Mas até que você ajudou muito esplicando para ela um pouco de como as coisas funcionavam.

-Luana:-Fica quieta sua vaca.

Era sim verdade que Luana havia sido a responsável pela morte de sua irmã e a dela mesma mas não foi só isso o que realmente aconteceu. Luana e Claudete sempre foram bem unidas em tudo o que faziam, porém não se sabia se eram mesmas filhas do mesmo pai, sua mãe havia se casado muito nova, um casamento aranjado e mesmo com seus protestos e afirmações de que amava outro por seu pretendente ser rico a família não a permitiu-a seguir seu romance; Mas mesmo depois de casa ela continuava a se encontrar com seu amado, em uma bela noite ela e seu marido fazem s**o e em seguida cerca de duas horas antes faz o mesmo com seu amado. Após de um tempo a mãe das gemeas, Olivia descobre que estava grávida e mais alguns meses depois ela da a luz a gêmeas, porem apesar de elas serem parecidas a cor de seus olhos e cabelos eram diferentes, a Claudete tinha os olhos e cabelos do legitimo marido de Olivia e Luana os de seu amante, ao descobrir a traição o marido de Olivia a perdoa porém coloca Luana em um internato de freiras e manda m***r seu amante.

Após os anos se passarem Olivia ainda sem amar seu marido cuidava de Claudete com muito apreço e amor, Olivia nunca a maltratou ou a desprezou afinal não importava quem fosse o pai ela ainda continuava sendo sua filha, mas Olivia ainda tinha esperanças de reencontrar sua segunda filha antes que Claudete completasse 10 anos, para sim uni-las assim voltando a ser uma familia; Claudete naqueles tempos ainda tinha 5 anos mas isso não a fazia escapar de suas responsabilidades, Claudete era constantemente vigiada não tinha liberdade para ter amigos ou andar sozinha, ela tinha que vestir o que lhe mandavam e falar na hora que a permitiam, ela era treinada para se tornar uma alta dama da sociedade e seu pai se assegura disso. Porém com Luana a vida era outra, ela corria livre por todos os lugares, subia em árvores, fazia bagunça, pregava peças nas feras, e andava sempre suja e descabelada, as duas irmãs tinham vidas e realidades muito diferentes enquanto Luana era livre e vivia largada em uma vida onde o pouco é muito, Claudete vivia em um mundo de luxuria e de status porém era presa e não tinha liberdade para fazer nada.

As duas irmãs continuaram a viver assim até completarem dez anos que foi quando se encontraram pela primeira vez, logo após o encontro Olivia as revelou a verdade e trouxe de volta Luana para casa, mas claro com a aprovação de seu marido; Após isso Luana foi cruelmente ensinada os modos e etiquetas recebendo punições para caso as erra-se, e foi privada de tudo porém a amizade e irmandade entre Claudete e Luana só aumentava, Luana ensinou a Claudete como se divertir e a deu um pouco de liberdade, algo que ela nunca teve antes, e Claudete ensinou tudo a Luana, desde etiqueta, como falar e se portar, e como a se vestir. Aos quinze anos já moças formadas Claudete foi comprometida a ser noiva de um empresario importante na época, ela não estava nem um pouco fisposta a se casar com um homem que ela nem conhecia, mas els não tinha escolhas; Claudete avia sido violentada inúmeras vezes por seu noivo que abusava sexualmente e fisicamente dela que sem pider falar nada sofria em suas mãos, mas quando Luana descobrio os abusos passados por sua irmã ela não pode ficar parada e agiu contra esse homem. Luana decidida a mata-lo avia aranjado uma arma e quando o pegou no último andar da casa o local onde ficava o quarto de Claudete, a abusando ela não se segurou e apintou a arma na cabeça dele, Claudete estava em planto e a única coisa que conseguia dizer era pedir para Luana não atirar, mas o seu noivo, um homem sujo e sem classe a colocou do lado de fora da janela ameaçando a joga-la de lá se Luana atirasse; Ao ver isso Luana se enfureceu e acabou atirando sem pensar no homem que com a dor acabou soltando Claudete que caiu de cabeça no chão, enfurecida Luanda atira novamente no homem mas dessa vez inúmeras vezes até mata-lo, totalmente em panico e em crise Luana atira contra sua própria cabeça assim falecendo.

O caminho até a mochila parecia mais longo por causa do medo e do escuro, mas o aliviu que senti ao voltar para dentro dela era inexplicável.

(Espero que o Miguel venha mesmo me buscar amanhã, não quero me tornar um brinquedo de antiquário e morrer sem ter feito nada).

E assim eu adormeci aguardando o Miguel.