Christopher, agora conhecido como Henrique Romano, chegou a enorme mansão da família Mancini, um lugar seguro no coração da cidade. Ele foi recebido por um dos seguranças, que o levou até o escritório de Antônio Mancini.
Antônio Mancini era um homem imponente, com uma presença que intimidava, alto, cabelos grisalhos, olhar gélido, arma visível em sua cintura.
Ele olhou para Henrique com uma expressão séria e fez um gesto para que ele se sentasse.
—Henrique Romano disse Antônio, sua voz firme. —Eu sou Antônio Mancini, creio que já me conhece... Roberto me disse que você é um ex policial em busca de proteção, é verdade ?
— É sim senhor— Christopher responde em tom neutro, sem se intimidar pelo homem a sua frente.
— Por que ?
— Nunca fui policial pela benevolência, e sim pelo poder.
Antônio da um risada seca.
— O que me oferece, Henrique ?
— Minha vida, senhor. Prometo matar e morrer por você.
— E em troca disso ?
— Dinheiro.
— Então é isso que te importa, dinheiro ?— Antônio pergunta sério, porém interessado.
— Exatamente senhor, venho de uma família miserável e aprendi que a única coisa que me dá um pouco de prazer é o que posso fazer com grandes quantias de dinheiro.
Antônio solta um risada baixa, sobrancelha arquiada.
— Dinheiro não é problema pra mim, você sabe.
—Sei sim senhor, por isso estou aqui.
— De onde conhece Roberto ?
— Trabalhamos juntos, para o Marco Fernandez.
Antônio franze o cenho reconhecendo o nome. Ele já sabia de todas esses informações quando puxou a ficha falsa de Henrique, porém não encontrou nada e acreditava que realmente era seu nome.
Antônio estudou Henrique por um momento, tirou sua arma calmamente da cintura colocando sobre a mesa, virada para Henrique, que não se abala com a ameaça velada .
—Eu preciso de homens leais e confiáveis para proteger a minha família. Você entende o que é proteger minha família, Henrique ?
Henrique assentiu novamente, sem demonstrar medo algum por Antônio.
—Sim, senhor. Eu estou disposto a fazer o que for necessário para proteger a sua família.
Antônio sorriu, um sorriso frio e calculista.
—Eu gosto de homens que entendem o que é importante. Você vai trabalhar no turno da noite, no portão principal. Você vai estar armado e pronto para responder a qualquer situação que possa surgir, sem hesitação.
Henrique assentiu mantendo a calma, ele sabia que esse era apenas o começo de sua missão e que precisava acima de tudo conquistar a confiança de Antônio antes de dar qualquer passo.
— Tem a minha palavra, senhor.
Antônio fez um gesto para um dos seguranças, que levou Henrique até o seu posto. Henrique sabia que ele precisava se adaptar rapidamente ao seu novo papel e começar a coletar informações sobre a família Mancini e de Virginia.
Enquanto ele conhecia toda a extensão da casa, Christopher não pôde deixar de pensar em como seria difícil manter sua verdadeira identidade em segredo. Mas ele estava determinado a assinar mais essa morte na sua longa lista de assassinatos.