Antônio está sentado atrás da mesa, o copo de uísque quase intocado. Henrique permanece em pé ao lado, silencioso, atento a qualquer som. O ambiente ainda está carregado do choque do confronto com Thomas. O telefone de Antônio toca. Ele atende, sem demonstrar surpresa, já esperando o interlocutor. — Andrew. — a voz dele é firme. — O que quer agora? Do outro lado, Andrew Roberts responde, um tom que mistura cordialidade e tensão: — Antônio, quero começar pedindo desculpas pelo comportamento do meu filho. Ele… exagerou. Thomas age por impulso, mas acredita que está agindo por amor à Virgínia. Não era minha intenção que ele fosse tão agressivo. Antônio ergue uma sobrancelha, o olhar frio. — Amor? Amor não manda um presente com sangue ou invade a casa de outro homem exigindo um casamento

