Capítulo 4

1232 Words
Victor Duarte ON Ainda meio desnorteado com o que acabou de acontecer entro no carro e deixo uma música tocar no rádio, mas ainda estou meio que nas nuvens por causa daquele monumento que encontrei no elevador, meu deus que homem lindo e gostoso, com todo o respeito a ele, claro, nunca vi olhos tão pretos na minha humilde vida, parecia que eu estava olhando o céu a noite, escuro, mas lindo com alguns pequenos pontos brilhosos. Sinto um tremor passar por meu corpo, como se me dizendo que vou vê-lo novamente, reviro meus olhos com o pensamento, com certeza apenas vou ver ele em meus sonhos, esse pequeno esbarrão hoje foi apenas uma obra do acaso, e que obra meu jesus cristinho. Mais ou menos umas três horas depois estou chegando na casa da minha mãe, desço do carro e como tenho a chave de casa a abro, revelando um pequeno corredor de onde vem uma música animada, sorrio, mamãe ama fazer uns pequenos exercícios de dança, quando passo pelo pequeno corredor tomo um susto com a cena que vejo no sofá. - Aaaah MEU DEUS MOMMYYYYY. Viro as costas e tapo meus olhos com minhas lindas mãos para não ter que continuar vendo o que acontecia bem ali no sofá. - Filho? Você não avisou que estava vindo para cá, porque está tapando os olhos? Vic? - Para não ter que ver essa pouca vergonha. - Falo fazendo graça. - Fala sério Vic, você ainda me mata de susto, o que tem aqui que você nunca tenha visto antes? - Solto uma risadinha e me viro para olha-la, minha mãe está apenas com um shortinho de pano fino e um top minúsculo enquanto um vídeo de dança é reproduzido na tv, o que com certeza era porque ela estava dançando. - Venha dá um abraço na sua mãe. - Ela abre os braços para me receber. Vou em sua direção e sento em seu colo, e ela me aperta em seus braços, mas logo finjo uma cara de nojo. - Você está toda suada mamãe. - Falo meio dengoso. Minha mãe dá uma tapinha na minha b***a. - Você que é um fresco. - Ela rir, dar um beijo em meus cabelos e me tira de seu colo seguindo para a cozinha, vou atrás dela como um cachorrinho pois senti um cheirinho de bolo que só minha mãe faz. E dito e feito, ao chegarmos na cozinha mamãe desliga o forno e tira de lá o delicioso bolo. - Sente, vamos comer e você me conta como tem sido esses dias. Sentados na mesa e comendo o bolo com um delicioso café eu falo sobre a perda do meu emprego na última semana, mas que também tenho uma entrevista de emprego em dois dias. Ela me ouve e diz que tudo dará certo, se não der eu tenho meu quartinho garantido para voltar para casa. Amo essa mulher. Na hora do almoço a ajudo com tudo pois eu amo cozinhar, minha mãe me ensinou tudo que sabe, desde pequeno era nós juntos na cozinha inventando várias receitas, e depois da comida pronta almoçamos juntos, mas logo depois tenho que me despedir, sigo para casa e chego já é mais de seis da tarde. E bom, não trombei com o bonitão novamente. Uma pena. Chegando em casa recebo uma mensagem de Daniel me chamado para sair para uma balada as nove da noite, como estou precisando relaxar e não tenho trabalho amanhã, aceito o convite. Até mesmo para me distrair da entrevista, onde o medo de ser rejeitado como já fui por causa da minha cor, está instalado em meu coração. Pedro Carlos Santiago ON Depois do encontro inusitado no elevador, peguei os papéis e voltei para a empresa, trabalhei normalmente e assim se passou meu dia, carregado de trabalho, até que chega a hora do jantar na casa de Dante. Saio de minha sala fechando a porta atrás de mim. Passo na sala de Gabriel, e já vou entrando pela porta de madeira. - Educação mandou dizer que sente sua falta, você faz pouco uso dela. - Diz enquanto coloca seu blazer azul marinho. - A empresa é minha, faço o quiser dentro dela. - Ele me olha com seus olhos em f***a. - 50% de tudo isso aqui é meu. - Diz já pronto e saindo de sua sala, eu o sigo até o elevador. - Eu sou o CEO. - Falo tentando transparecer soberba. - Mas não faz nada sem que tenha minha permissão e supervisão. - Ele arqueia suas sobrancelhas, com que dizendo, “me vença agora. Eu suspiro em derrota. - Tem razão, venceu. - O olho de esguelha quando o elevador chega e entramos no mesmo, apertando o botão do estacionamento no subsolo. - O que sabe sobre o jantar de do seu marido? - ele me olha com desdém. - Tudo. - Tudo? Então me conta. - Não. - Virou papagaio Pedro? - Só estou com raiva, você não quer me contar sobre o jantar. - Não posso, Dante me mataria. - Medroso. - Lhe dou língua, saio do elevador, sigo até onde meu carro está estacionado, na vaga bem ao lado da de Gabriel. - Nós vemos em breve. - Digo e não espero sua resposta, entro no carro. Seguimos em carros diferentes e chegamos na casa deles. Descemos do carro e vamos direto para a sala de jantar, onde a mesa já se encontra posta, pois Dante saiu quase uma hora antes para poder preparar tudo, lavamos as mãos e sentamos, começamos a comer entre conversas triviais, até que terminamos e formos para a sala, onde Dante nos deu uma deliciosa torta de limão. - Tá, já comemos, conversamos, qual a bomba? - Pergunto sendo direito, não gosto muito de rodeios. Dante olha para Gabriel para logo depois olhar para mim e falar tudo de uma vez. - Eu vou precisar entrar em férias daqui a alguns meses. - Porquê? - pergunto em espanto e preocupado, pode ser por causa de alguma doença? - Eu estou grávido. Você será titio. - Ele abre um largo sorriso. Meu queixo cai. Estou sem reação, vejo a felicidade estampada no rosto deles, enquanto suas mãos estão juntas, olho para as mãos deles daquele jeito, e processo a notícia, sentindo meu coração cheio de amor, mas também de inveja, sim inveja, pois apesar de no momento não querer um relacionamento, eu só falo isso pois não encontrei a pessoa certa, eu queria ter a sorte de encontrar a pessoa certa para mim. Mas, não sei porque estou pensando nisso, estou confuso. - Eu vou ser tio. - Sorrio apesar dos conflitos em meu coração. - Precisamos comemorar isso... E assim quase quarenta minutos depois estamos chegando numa balada muito famoso na grande são Paulo. Entramos, eu e Gabriel pegamos cada um, um drink com álcool e para Dante sem. Nos sentamos numas mesas com cadeiras na parte de cima do grande salão. Nos permitindo ver todo o movimento ali em baixo. Hoje eu preciso apenas relaxar do meu dia revelador. Passo meus olhos por todo salão e meus olhos quase saem para fora do meu rosto ao me deparar com o corpo que dança quase como que me chamado para se juntar ao dele. E me surpreendo mais ainda ao reconhecer a pessoa ali em baixo.
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