Ardil.

1951 Words
Astryd Anghel. Não tive um segundo sozinha desde que Leonard fez aquele anúncio, mas foi bom rever mamãe e Asteryn. Me casar com o duque não era exatamente o que tinha em mente quando pedi a sua ajuda para me livrar de Seth, mas não é como se eu tivesse escolha. Quando o castelo esvaziou e o silêncio voltou a reinar, desci para caminhar pelo jardim. Não havia muito o que eu poderia fazer por lá. O jardim parecia um labirinto de rosas e espinhos, mas uma rosa preta em meio às vermelhas e brancas, chamou a minha atenção. Estendi a mão para pegá-la, me espetando com o espinho que fez um pequeno corte no dedo. — Ai. — Gemi, levando dedo para a boca. Antes que pudesse lambê-lo, senti dedos prenderem-se ao redor do meu pulso. Leonard levou minha mão para a boca e lambeu o sangue do corte. Tentei me livrar do seu toque, mas ele não aliviou a pressão e virou minha palma para baixo. Com a mão esquerda, tirou uma caixinha aveludada do bolso da calça e abriu, mostrando-me o anel de brilhantes com muitos diamantes. Minha boca abriu-se num “o” perfeito, deslumbrada com a joia. Ele entendeu aquilo como um aval para colocar o diamante no meu dedo anelar. — É perfeito. — Disse encantada, mas depois a indecisão dominou meus sentimentos, junto à insegurança. — Você quer mesmo fazer isso? — Indaguei incerta, entregando minha ansiedade com a situação. — Você disse que não cabia uma esposa no seu estilo de vida... — Relembrei, arrancando uma risada do loiro. Ele apenas assentiu em resposta e beijou o dorso da minha mão, como se eu fosse uma tola por questionar sua decisão. Ele devia ter certeza daquilo, ou não anunciara para todos. — Pertenceu a minha mãe. — Ele disse, referindo-se ao anel. Eu entreabri a boca, surpresa. — Ela virá ao nosso casamento? — Perguntei em expectativa. Ele soltou uma risada nasal e negou, caminhando comigo para o fim do labirinto. Havia um lago do outro lado, com uma enorme ponte de maneira que o atravessava. — Ela não está mais entre os vivos. — Explicou após um breve silêncio. — Sinto muito. — Lamentei. — Isso foi há muito tempo, Anghel. Não me importo com ela. — Ele riu. Sua indiferença parecia autêntica. — Não a conheci. Lucifer me levou quando nasci. — Completou. E sua fala realmente me surpreendeu. Leonard estava sendo sincero pela primeira vez? — Lucifer? — Perguntei curiosa e ele assentiu novamente. Senti um frio na espinha, mas apesar do medo, aquilo parecia excitante. — Como ele é? — c***l. — Disse monossilábico, olhando para frente. Leonard não demonstrou interesse em continuar com o assunto ou entrar em detalhes, mas não me dei por vencida. Ele não poderia fugir da verdade para sempre, não se realmente tivesse intenção de se casar comigo. — As histórias da bíblia são verdadeiras então? — Insisti. Leonard parou de caminhar e olhou para mim. A diversão escancarada no rosto. — Não sabia que era uma mulher devota, Anghel. — Zombou. — Eu ia a igreja quando era menor, meu pai me obrigava, todos os domingos. — Expliquei. Ele deu de ombros fingindo indiferença, mas estava atento. — Imagino... A grande maioria das pessoas que acabam no inferno se dizem homens de Deus. Irônico, não? — Debochou. Não parecia uma pergunta. — Ele ainda é meu pai, Leonard. Independentemente do que tenha feito. — O repreendi. Ele revirou os olhos. — Se soubesse a facilidade que seu pai te entregou para mim, repensaria sobre sua devoção. — Alertou. Senti uma pontada no peito. Não me surpreendia, todavia. Mas ainda era decepcionante. — Não sou devota a ele. — Resmunguei, bufando. — É devota a algo, Anghel? — Leonard perguntou astuto. Eu entendi perfeitamente o que ele queria saber. — Não. — Respirei fundo, ele sorriu. — Eu vou para o inferno por isso? — Você já está no inferno, meu amor. — Respondeu com humor, me puxando para perto pela cintura. — E a bíblia é só um livro. — Retomou o assunto, mas senti que não foi sincero. — Um livro poderoso, como todos os livros de magia. — Completou. Leonard aproximou os lábios dos meus, selando-os do mesmo modo que fez mais cedo. Começou lentamente, pedindo passagem para adentrar a língua na minha boca. Eu estremeci, não estava esperando por aquilo, mas acabei cedendo, permitindo que conduzisse o beijo ao seu ritmo. Ele tinha um gosto diferente, uma mistura de menta e o sabor metálico de sangue, mas tão suave que era quase impercetível. Sua destra encontrou minha nuca e seus dedos enroscaram-se nos meus cabelos, dando puxadas que me causaram arrepios. Não tinha como ele não notar os efeitos que causava em mim. Seu beijo ficou mais intenso e emergente, como se reagisse positivamente à minha submissão. Sua língua pincelou à minha, depois travamos uma batalha por controle, mas Leonard venceu sem a menor dificuldade. Eu ofeguei na boca dele e sua canhota encontrou minha b***a, apalpando com fúria. Fiquei na ponta dos pés e me pendurei no pescoço de Leonard. Ele então me apertou contra si, encaixando minhas pernas ao redor da sua. Agilmente, o loiro agarrou minhas coxas e me ergueu em seu colo. Ladeei minhas coxas ao redor da cintura dele e senti o quadril escorregar, mas não caí para o chão. Minhas costas encontraram o tronco de uma enorme árvore florida que usei de apoio quando ele me empurrou contra ela. Ele então projetou o quadril para frente e encurtou nossa distância, subindo as mãos por dentro do meu vestido até erguê-lo acima das coxas. Aquilo me permitiu sentir o volume de Leonard marcado na calça social esfregando meu baixo ventre e, por instinto, rebolei contra ele. Meu corpo esquentou no mesmo instante. Ofeguei outra vez, me sentindo trêmula. — Leonard. — Gemi dentro da boca dele e seus dedos alcançaram as laterais da minha calcinha. Quando ele ameaçou descer a peça, cessei o beijo e segurei suas mãos, impedindo. — Ainda não... Ele abriu os olhos e me encarou com um sorrisinho m*****o brincando nos lábios. — Não confia em mim? — Perguntou. Eu neguei prontamente, então ele riu. — Vou te mostrar como isso pode ser bom, Anghel. Feche os olhos. — Pediu. Eu relutei de início, mas ele não quebrou o contato visual, então suspirei e acabei cedendo, fechando meus olhos. Leonard inclinou minha cabeça para o lado oposto e lambeu meu pescoço, me causando ainda mais arrepios. Céus. Isso era tão bom. — Você vai gostar disso. — Ele disse convencido e fincou os dentes em mim. Me assustei com a ardência que senti quando seus dentes me atravessaram, mas ela não durou. Fui preenchida por uma sensação de euforia logo em seguida, junto ao êxtase, entorpecendo meu corpo. Minha visão escureceu e perdi o senso de realidade, tudo o que importava era o prazer que aquilo causava. Era desesperador e excitante, eu queria gritar. Escorreguei o quadril para baixo e rebolei no volume inchado e marcado na calça de Leonard, reparando que ele estava duro feito pedra. Não sei o que estava pensando quando direcionei as mãos para o seu cinto e desafivelei depressa. Meus instintos pareciam me guiar, eu o queria como jamais quis alguém. Precisava dele dentro de mim. Leonard tirou os dentes do meu pescoço e me lambeu. Eu percebi de imediato quando o estado de torpor foi cessado, mas a urgência do meu corpo, não. — Por que você parou? — Murmurei ofegante e desci o zíper da calça dele. Acariciei a ereção sobre a cueca e, numa tentativa de descê-la, arranhei as entradas da sua barriga. Ele grunhiu e segurou meu pulso firmemente. — Não posso me descontrolar. — Disse ofegante. — Por quê? — Respondi no mesmo tom. Meu corpo pelava, podia imaginar o quão vermelhas as minhas bochechas estavam. — Eu quero que você se descontrole. — Confessei sem pensar, roçando os lábios nos dele lentamente. Ele afastou o rosto e sorriu malicioso, a maldade transbordando pelo olhar. Leonard nos teleportou para a cama, mas não a minha cama. Quando caí de costas no colchão macio, estremeci. Senti medo. Não achei que sentiria medo. O loiro rasgou meu vestido com a presa exposta no dedo indicador e deslizou pelo tecido como uma lâmina afiada, depois rasgou minha calcinha, me deixando completamente nua. Por instinto, senti vontade de me cobrir, mas ele não permitiu e prendeu minhas mãos na altura da cabeça. Leonard então abriu minhas pernas com as dele e com a ajuda da sua destra, puxou o pênis ereto para fora da cueca, roçando-o lentamente na minha b****a. Fechei os olhos e os apertei, temendo que aquilo doesse demais. A lembrança de Seth veio à minha cabeça e meu coração acelerou, batendo freneticamente. Pensei em gritar e empurrá-lo, mas não reagi. Para a minha surpresa, Leonard deslizou a boca pela minha barriga e agarrou minhas pernas com as mãos, posicionando a cabeça entre as minhas coxas. Senti seus beijos na parte inferior e o arrepio outra vez se fez presente. Apenas me senti segura para abrir os olhos, quando sua boca tocou minha b****a. — Eu posso fazer isso, Anghel? — Ele sussurrou aquele pedido, subindo os olhos na direção dos meus. Mordi o lábio inferior e concordei. Ele não poderia me machucar com a boca, poderia? Assim que a língua quente de Leonard tocou o meu c******s, ele passou a me estimular com a ponta dela. Depois me sugou para dentro da boca e uma pontada no baixo ventre me cutucou. Meu corpo reagiu automaticamente aos seus estímulos. Não percebi o exato momento que comecei a rebolar na língua de Leonard, tampouco quando agarrei seus cabelos com força, num pedido silencioso para que não parasse. E ele não parou. Sua língua contornava a minha b****a e acariciava os pontos exatos que me causavam êxtase. Eu me sentia tão ofegante e descontrolada que aquilo não parecia o suficiente. E como se entendesse isso, Leonard me penetrou com um dedo. Gemi baixinho, contida, e ele acelerou os movimentos, estocando o dedo dentro de mim sem parar de esfregar a língua no meu c******s. Meus quadris tremeram e a garganta fechou, completamente seca. Meus gemidos passaram a escapar descontrolados. Já não havia espaço para timidez. Senti meu corpo desfalecer sobre a cama à medida que a minha lubrificação aumentava. Leonard me lambeu outra vez, mas não se limitou à b****a. Sua língua voltou para cima, trilhando pela minha barriga até um dos meus s***s. Ele então fincou os dentes e elevou o nível do meu torpor. Eu podia gritar. Eu ia gritar! — Leonard... — Gemi seu nome um pouco mais alto e sua mão firme cobriu meu outro seio. — Por favor... — Ofeguei manhosa, apertando os meus olhos. — Por favor o que, babe? — Ele disse sem tirar meu seio da boca, também não desacelerou o ritmo que socava os dedos dentro de mim. Por algum motivo, me senti confiante e segura o suficiente para rebolar nos dedos de Leonard, mas fui surpreendida por uma ardência forte no meu c******s. Quis gritar outra vez, mas agora, não era por prazer. Quando abri os olhos para encontrar os de Leonard, os dele estavam vermelhos. E ele lambia seus dedos ensanguentados como uma fera faminta. Arregalei os meus e desci o olhar, assustando-me com a quantidade absurda de sangue que escorria do meu c******s. Ele abriu um sorriso diabólico para mim e revelou suas presas nos dentes. Antes que eu pudesse empurrá-lo, Leonard fincou-os na minha b****a, arrancando um grito agudo da minha garganta.
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