PRÓLOGO

1948 Words
Laura Narrando 5 anos atrás As luzes fortes, é a primeira coisa que me atinge assim que entro no espaço cheio de pessoas, a onda de música e animação traz uma sensação de agitação para todo o meu corpo e pu*a merda, eu amo isso! O espaço da boate escuro com luzes néon oscilando por todas as áreas, misturada com a música que o dj toca já me faz ter a certeza de que a noite será ótima e dará exatamente tudo o que preciso: um momento divertido para espairecer e esquecer de todos os meus problemas - Hoje eu só vou embora depois que agarrar um boy bem gostoso – Meu amigo murmura ao meu lado tão animado quanto eu e eu gargalho, já começando a movimentar o meu corpo no ritmo da música eletrônica que toca na boate - Todas as vezes você só vai embora quando agarra um boy bem gostoso, Bru – Digo revirando os olhos para o meu amigo gay e ele da de ombros, com uma cara totalmente inocente, como a piriguete total que é - Você deveria fazer o mesmo, para você não vai ter nenhum problema fazer isso, já contei uns dez olhares em você – Bruno diz e eu comprimo os lábios enquanto giro brevemente o olhar pelo espaço notando que sim, tem alguns olhares presos em mim, paro para observar também a boate que estamos hoje a noite, com apenas um andar, mas bem ampla e organizada, possuindo uma decoração escura com alguns detalhes vermelhos dando um toque elegante e sexy para o ambiente, as luzes néon trazem a animação para o espaço. Um loiro mais a frente alto e forte chama a minha atenção, talvez eu até pudesse realmente ir embora com algum homem muito gostoso como o meu amigo está sugerindo, visto que estou a meses sem sexo, mas é claro que a diversão vem em primeiro lugar e eu nunca deixaria de curtir a presença do meu amigo antes de cair no amasso com algum homem que viesse a investir, afinal acabei de chegar - Vamos comprar uma bebida – Falo puxando a mão do Bru para o bar, assim que chegamos ao mesmo nós escolhemos uma dose de tequila como já é o nosso ritual da noite antes de pedirmos cada um, um drink e nos direcionarmos para a pista de dança. Eu amo festas, me relacionar com as pessoas, não é atoa que a maioria das boates na qual frequento não preciso entrar em filas para entrar, conheço muita gente e geralmente pela amizade acabo ganhando algumas cortesias em festas como essas, não ter dinheiro e poder se divertir sem me limitar a poucos lugares para mim já era um máximo e indiretamente uma fuga da realidade de uma rotina totalmente estressante, a lembrança da minha melhor amiga me vem a cabeça e eu lembro o quanto gostaria que ela também estivesse aqui, mas Elisa sempre foi o oposto de mim, então não a julgo quando diz que prefere estar em casa, enquanto eu prefiro mil vezes estar como agora rebolando a b*nda ao som de alguma música animada, bebendo e me divertindo, tenho noção de que não terei todo o tempo do mundo para viver isso, então enquanto eu puder aproveitar, não me pouparei de experimentar coisas novas. Tusa da Nick Minaj começa a tocar e eu e Bruno começamos a gritar eufóricos, por que realmente amamos essa música, começo a movimentar o meu corpo no ritmo da melodia sensualizando com o meu amigo que dança para caramba e sorrio jogando os braços para o alto enquanto canto a música alta, paro de cantar por um momento só para sugar um longo gole do meu drink, sentindo em seguida uma presença as minhas costas, continuo a rebolar ao ritmo da música até sentir mãos pressionarem a minha cintura, com uma piscadela nada discreta o meu amigo se despede indicando que também ira para caça e só então eu viro o rosto por cima do ombro encarando o loiro alto de olhos verdes atrás de mim, o mesmo que havia chamado a minha atenção - É um pecado uma mulher tão linda está sozinha nessa pista de dança – Ele diz alto no meu ouvido, a voz é rouca e o hálito denota ter tomado algum tipo de drink assim como o meu, eu sorrio de lado sem deixar de movimentar o meu corpo sentindo ele acompanhar os meus movimentos, viro o rosto por cima do ombro antes de respondê-lo - Eu sei me divertir bastante sozinha – Afirmo em tom de provocação e ele abre um sorriso largo enquanto desvia o olhar para minha boca, mordo o lábio finalizando o meu cheque mate e volto a virar o rosto para frente - Garanto que conseguirá se divertir mais comigo – Diz no meu ouvido e eu abro um sorriso, é tudo que consigo fazer antes de um corpo grande topar contra o meu derramando o meu drink de morango no meu vestido branco, abro a boca sem conseguir controlar o ultraje com a situação vendo a minha roupa totalmente ensopada e estragada - P*ta que pariu – O cara atrás de mim resmunga, eu observo-o limpar as mãos na calça e se afastando logo depois provavelmente assustado com a situação em que me encontro, o meu sangue gela de ódi*o quando viro o meu corpo para finalmente ver quem foi o i****a que fez isso comigo - Não foi a minha intenção derrubar a bebida, mas se você não estivesse na minha frente eu – Interrompo-o - Seu idi*ta, olha o que você fez com a minha roupa – Rosno alterada e o homem alto com a barba rala estreita os olhos com o maxilar travado - Eu já expliquei que não foi a minha intenção. Não me importa se vai entender ou não – Responde de forma grosseira e eu abro a boca chocada por ele ter a coragem de ainda se achar na razão de me tratar desse jeito. Quem ele pensa que é? Ah, mas ele vai me pagar agora mesmo, aproveito a sua distração ainda observando o que fez com a minha roupa e empurro o copo de bebida dele sujando toda a sua camisa assim como ele fez com a minha – Você ficou louca, garota? – Grita abrindo os braços observando o estrago que também acabei de fazer na sua roupa, eu sorrio largo - Desculpa, não foi minha intenção – Falo segurando a risada forçando um olhar inocente, o homem trava ainda mais o maxilar - Uma louca como você nem deveria estar aqui – Diz irritado - Um desastrado como você que não deveria estar aqui, tentando estragar com a minha noite – Grito e o homem parece prestes a soltar fogo pelos olhos enquanto me encara furioso, eu nem ao mesmo titubeio, ergo o meu queixo e se ele estiver achando que vai me intimidar está muito enganado – Espero que tenha uma boa festa todo sujo, bab*ca! - Com certeza eu vou ter, bem longe de você. Maluca! – Ele grita e eu sinto o meu corpo tremer de raiva. Argh! - O mais longe possível – Grito de volta, dando as costas para ele, querendo manter a maior distância possível desse idi*ta. Entro no banheiro e olho no espelho a situação que a minha roupa ficou, o vestido colado totalmente branco, agora estava todo pintando de rosa, o meu rosto também havia sido levemente banhado de drink e eu estava furiosa, por que toda a minha produção impecável tinha ido por água baixo, por causa de um - Bastardo i****a – Resmungo passando o papel Toalha no vestido, numa tentativa inútil de melhorar a situação, quando vejo que não tem o que fazer, deduzo que a minha única solução a noite será beber para me divertir já que estando nessa situação nenhum homem chegaria mais perto de mim. Bufo frustrada e saio do banheiro para ir ao bar, pela visão periférica observo Bruno dançar com um homem moreno alto e forte. É pelo menos um de nós dois vai se divertir essa noite. Mas isso não quer dizer que eu não possa fazer isso sozinha, então é com esse pensamento que eu peço para o garçom mais uma dose de tequila, esse é apenas o primeiro passo para diminuir a raiva que estou sentindo do i****a que derramou bebida em mim. ---- A pontada de dor de cabeça é a primeira coisa que eu sinto ao tentar abrir os olhos, fecho os imediatamente quando a claridade me atinge em cheio, gemo em desânimo ao me dar conta de que acordei com uma ressaca infernal, a próxima dor faz com que eu engula em seco, é uma dor entre as minhas pernas, eu cai? Me remexo na cama sentindo o colchão ser mais confortável do que o normal e viro para o outro lado me acomodando melhor, finalmente consigo me adequar com a claridade do ambiente e abrir os olhos, mas basta que eu faça isso para um grito agudo soar da minha garganta e eu levantar da cama num pulo, o homem pelado a minha frente também abre os olhos assustado, tanto quanto eu, olha ao redor confuso antes dos seus olhos pararem em mim novamente. Que merda ta acontecendo? - Só pode ser a p*rra de uma brincadeira – Resmunga com a voz rouca me encarando, aperto o lençol ao redor do meu corpo e bufo. É serio? De tantos homens numa boate cheia eu tinha que acabar na cama do i****a que estragou o meu vestido? - De muito m*l gosto – Respondo frustrada enquanto cato o meu vestido no chão, a pequena calcinha preta e as minhas sandálias. P*ta que pariu, eu não me lembro de nada - P*ta que pariu, eu só podia estar muito louco – O homem resmunga ainda comigo de costas para ele e quando me viro estou com tanta raiva que sou capaz de arrancar a cabeça do imb*cil - Graças a Deus eu não me lembro de nada, Deus me livre ter pesadelos com você a noite – Retruco acida, é a vez dele de bufar e levantar da cama, só que diferente de mim ele não se importa em tapar a ereção monstruosa, que p*u enorme é esse? Eu sentei nisso? A dor nas minhas partes íntimas fazem total sentido agora - Se você continuar a olhar desse jeito vou achar que quer repetir – Fala ostentando um sorriso todo arrogante no rosto, reviro os olhos - Nem morta – É a última coisa que respondo antes de marchar em direção ao banheiro, fecho a porta com força e escuto ele xingar e resmungar alto ao lado de fora, não me dou o trabalho de fazer muita coisa, lavo o rosto, faço a minha higiene matinal, visto o vestido e quando calço os saltos, me olho no espelho só para arregalar os olhos logo em seguida. O filho da mãe deixou uma marca enorme no pescoço, p*ta que pariu, como vou cobrir essa merda? Increditavel, Laura, inacreditável! Saio do banheiro rapidamente encontrando o homem agora vestido numa cueca box preta e aparentando estar mais relaxado – Espero nunca mais ter o desprazer de te ver – Falo já indo em direção a minha bolsa - Pode ter certeza o desejo é reciproco, água de salsicha – Ele diz num tom de sarcasmo e eu grunho de ódio antes de sair do quarto que só agora percebo ser um hotel, querendo estar longe o mais rápido possível e com a certeza de que nunca mais quero ver esse baba*a na minha frente.
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