Capítulo 15

1473 Words
Nas mãos do CEO: Capitulo 15 Daniela Marçal Paro na porta do quarto da Olívia, Xavier não estava no escritório, então presumi que ele estivesse aqui. Engraçado me sentir tão intima de algo que acabei de conhecer, eu já me sentia intima da casa em si. Nem pareço a mesma mulher que quase saiu correndo quando entrou pelos portões dessa casa. Era o efeito Olívia na minha vida, aquela criança tinha o poder de deixar tudo mais fácil. Entrava e saia dos lugares sem ser convidada, e Xavier não falava nada, acabei crendo que poderia transitar pelos ambientes. O engraçado é que ele não estava lá, onde o presumi que estivesse. Mesmo sentindo o seu cheiro único e másculo pelo local de sono de Olívia. A pequena estava dormindo tranquila como deixei, fecho a porta e vou atrás de Xavier. Porque eu estava fazendo isso?Não faço ideia. Fecho a porta tendo certeza que Olivia estava cansada, exausta pelo dia agitado. Era bom ver ela feliz e alegre. Rumo ao encontro do meu chefe, eu tinha que desejar boa noite de sono e saber onde dormiria essa noite. O encontro passou depois pelo longo corredor, Xavier não estava distante do quarto da filha. Acredito que tinha passado lá somente para confirmar que ela estava bem e segura. Xavier estava na ante sala ao lado do quarto da Olivia, ele estava quieto demais para ser mais preciso, não conhecia essa faceta do meu chefe. Ele poderia ser tudo, menos uma pessoa calma como agora. Ele escolhia um filme em uma televisão grande que ocupava boa parte da parede, ali deveria ser uma sala de televisão, algo que jamais passou na minha cabeça que Xavier iria estar. Xavier finalmente me nota. — Está há muito tempo aí? – n**o. — Mais ou menos..., estava pensando como você mima a Olívia. – Xavier me olha, ele quase não ri — Isso é um elogio ou uma crítica? – Pergunta com um ar descontraído e curioso. — Não tenho porque te criticar, não sou ninguém na fila do pão. – Ele n**a. - Gosto de saber da sua opinião, prezo o que você fala, pensa e diz. Você me acessa melhor que muito sócio que sou obrigado a conviver, Dani. – O olho com atenção. - Você é sincera, mesmo que não seja com palavras. Me sinto tocada com as suas palavras, Xavier Lancaster não era alguém que tece elogios à toa. Resolvo devolver o elogio. - Você é um bom pai para Olívia, Xavier. Não sei o que teria feito ao me ver sozinha com um bebê. – Sou sincera. — Depois que a mãe da Olívia se foi..., sendo que nunca foi uma boa mãe para a minha filha. Ainda assim, ela estava aqui, cuidava como podia da nossa filha. - Diz como se as lembranças não fossem tão boas como as suas palavras. - Acabei me apegando ainda mais a minha menina, até mais do que devia. Parei de viver todos os meus sonhos somente para ver Olívia feliz... Não sei se isso foi muito saudável, mas Olívia que me mantinha sã. Tudo que fiz foi pensando nela, que tinha a responsabilidade de cuidar dela, custasse o que fosse para custar. — Olha para a televisão. — Isso é um máximo, Xavier. — Sento ao seu lado. —É o mínimo que um pai deve fazer. Xavier Lancaster era uma caixinha de surpresas. - Porque fazer um império então? - Eu sabia que a empresa Lancaster não era isso tudo que é sem Xavier. - Proteção... – Ele me olha. – Tinha que garantir o futuro dela. Como eu disse, sempre fiz tudo para a Olívia, fora que eu quero ser o melhor. Fora que gosto do controle. - Não tem sonhos? - Não... - Diz sem emoção. - O hotel no Brasil... – Falo porque ele estava empenhado. - É um projeto ambicioso. - Ele é meu primeiro grande projeto... - Digo vendo que o meu sonho está acabando com ele. - Sim, aquele é o meu bebê. Ainda vou fugir para lá e ficar aproveitando a vista do lugar. – Acabei rindo. – Está convidada a ir comigo. - Provavelmente devo estar lá né, vou ter que voltar quando acabar com o projeto. - Digo deixando o mágoa falar mais alto. Xavier me olha. - O seu tempo está acabando... - Ele não ligava que eu fosse embora ou não, para ele era irrelevante. Ficou um silêncio estranho no lugar. - O que você quer de mim, Xavier? Sei que não me deu tanta liberdade por compaixão ou porque Olívia pediu... - Digo olhando em seus olhos e provando que não iria recuar. Estava magoada com o fato dele ser misterioso e ficar jogando informações incompletas. - O que está acontecendo? – Toco no ponto onde eu deveria ter começado a falar lá no começo da nossa conversa. Xavier me olha intensamente, sempre eu abaixar vou olhar quando ele me olhava assim, mas hoje eu precisava manter, precisava mostrar que não iria recuar. - Não quero te assustar, e pelo jeito que vi atendendo o telefone, acho que ainda tem namorado. Olho para ele. - Não era meu namorado... não que eu devesse te dar explicações da minha vida pessoal, mas era uma amiga querendo notícias minhas. Uma colega de quarto que é quase uma irmã para mim. - Vejo sua expresso que não demostra nada. - Estou me abrindo aos poucos para você, acho que mereço saber se tem futuro esse namoro, e sobre essa sua amiga. - Reviro os olhos. - Não vai conseguir fugir da minha pergunta, Xavier. - Digo séria. - O que quer de mim? Ele se jogou para trás do sofá, era como se finalmente tivesse rendido aos meus questionamentos. - Bom, poderia mentir, dizer outras coisas que não tem nada a ver com o que eu quero realmente. A questão é que você é inteligente o suficiente para saber que não faço nada sem intenção, sem um propósito. Sou movido por solucionar problemas, e fazer as coisas serem do meu jeito. Eu sabia bem sobre isso... - Eu sei... – Ele me analisa. - Eu amo minha filha, faria tudo por ela... – Ele fala como se mergulhasse em águas escuras e profundas. - Só eu sei a raiva que me dá quando alguém se aproxima somente desejando a minha riqueza, e não o potencial que podemos ser como família, como uma mãe que a Olívia merece. – Aquelas palavras me pegam de surpresa. — As pessoas são maldosas, Daniela. Você não sabe o quanto é feliz em não lidar com a metade das pessoas que eu já fui obrigado a dividir o mesmo teto, o mesmo ambiente... - Diz como se fosse realmente grato. - Você nunca está livre de pessoas querendo lhe fazer m*l por causa de status, de poder e riqueza que não eram suas. Vieram de outras pessoas, mas o seu nome lhe dá total liberdade para usufruir. Fico em silêncio ouvindo o seu desabafo. — Ninguém imagina tudo que fiz por ela. — A frase é resmungada tão baixa que quase não a escuto. - O que ainda sou capaz para manter a inocência, proteção e a Olívia pra sempre em minha vida. — Estão te ameaçando? — Penso alto demais. - Desculpa, é que você sempre enfatiza muito que alguém tá querendo tirar ela de você, ninguém pode fazer isso, ou pode? - Não sei porque, mas fico preocupada com a mínima possibilidade. Ele sorri, algo no meu interior se aquece, como se fosse a primeira vez que visse esse sorriso, mas em um dia tinha visto sorrisos verdadeiros e sinceros. - Preocupada? - Diz com seu jeito frio. — Com a Olívia sim, agora com você, digamos que você já é grande, sabe se virar. - Ele acena que sim. — Vou fingir que não está com medo de acontecer algo comigo. - Diz se sentindo vitorioso. Xavier Lancaster tinha certeza de muita coisa, por isso ele era convencido. - Eu vou dormir... - Me levanto. - Para de fugir, Daniela... - Aponta para o sofá. - Foi você que me encheu de perguntas. E nem me disse se ainda está com o i****a do seu namorado. Me sento, Xavier era bom em me enrolar. - O que Paul tem a ver com isso? - Olho para ele. - Porque se Paul estiver fora, eu tenho uma proposta irrecusável para te fazer. Sei que vai gostar, sei que vai ser bom para nós três... - Diz como se já fosse certo a sua vitória. - Três!? - Ainda estava ouvindo as loucuras de Xavier. - Sim, nós três... Eu, você e Olívia. - Não escondo o quanto estou interessada em saber o que esse homem tem para falar comigo.
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