Camila estava balançando, era como se estivesse presa em um pêndulo que não tinha uma direção certa. Varuna percebeu que, apesar do beijo, sua menina não estava bem. A moça mantinha a boca fechada e os olhos fixos no ar, como se formalizasse uma conversa consigo mesma. O espectro não queria vê-la assim e, por isso, decidiu falar mais um pouco sobre sua vida passada. Tinha conhecimento de que Camila queria muito saber quem ele era e os fatos que viveu enquanto possuía uma casca. — Minha irmã sabia da minha paixão por esse pedaço de terra. Sabia do meu apego e do zelo que eu tinha por cada pedacinho deste lugar — revelou, conseguindo atrair a atenção da moça para si. Varuna mirou nos olhos da sua amada; os olhos da pequena eram duas avelãs quentes e cheias de ternura. Belos, simplesmente

