Natalia narrando
Eu encarava o teto, ainda sem acredita que eu cedi as investidas do Caio, Corpo traidor minha respiração ainda um pouco acelerada. Meu corpo ainda formigava, como se gritasse em triunfo pelo que aconteceu.
— Você é fogo... — murmuro, fechando os olhos por um instante. Tanto tentou, tanto insistiu, que no fim, eu cedi. E agora estava ali, deitada ao seu lado, sentindo o calor que ainda emanava da sua pele. Eu senti o gosto da derrota em minha própria boca.
Ele se virou de lado, apoiando a cabeça na mão, os seus olhos me analisando com um brilho satisfeito.
— Não se arrepende, né? — a voz dele saiu rouca, e com um pequeno tom de deboche.
Eu bufo, desviando o meu olhar.
— Pelo menos você me prometeu que ia tentar controlar os seus surtos — resmungo, cruzando os braços.
